polêmica
Militar afirma que mensagens racistas são montagens
O tenente-coronel da Polícia Militar (PM), Rocha Lima, comandante do Batalhão de Policiamento do Eventos (BPE), declarou à imprensa nesta quarta-feira, 16, que não proferiu ofensas racistas contra o delegado Leonardo Assumpção, coordenador da Central de Flagrantes.
O fato teria ocorrido por causa de uma detenção na última quinta-feira, 10. Durante entrevista a uma rádio local, Lima afirmou que ao tomar conhecimento das mensagens e da confusão envolvendo seu nome, se dirigiu imediatamente à Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Lá, o militar informou o acontecido ao comandante-geral da PM, coronel Marcos Sampaio. Em seguida, se dirigiu ao secretário Executivo de Políticas de Segurança Pública, Manoel Acácio, onde deixou o aparelho celular à disposição para a apuração dos fatos.
Em sua defesa, Rocha Lima declarou que os áudios seriam montagens. Os responsáveis por averiguar a veracidade dos áudios são os delegados Fabrício Nascimento e Marcos Lins. Uma portaria que os designa para o caso foi publicada no Diário Oficial desta quarta.
O Sindicato dos Delegados de Polícia de Alagoas (Sindepol) e a Associação dos Delegados de Polícia (Adepol) já encaminharam um ofício à Polícia Civil cobrando apuração rígida.
Entenda o caso
Após um desentendimento entre a Polícia Civil e a Polícia Militar, após a prisão de dois suspeitos na Vila Emater, áudios racistas começaram a circular na web atingindo o delegado Leonardo Assumpção.
Os áudios seriam do tenente-coronel Rocha Lima, que teria ficado insatisfeito com o desfecho da ocorrência já que os acusados foram soltos.
Segundo o delegado, a PM chegou à Central de Flagrantes com uma adolescente, de 17 anos, porque encontrou um fuzil Mauser da 1ª Guerra Mundial nos fundos da casa dela, escondido debaixo de tábuas.
Assumpção afirmou ainda que teve dificuldade em identificar o calibre da arma e entrou em contato com Rocha Lima, que relatou a suspeita do segundo indivíduo detido fazer parte de uma facção.
O jovem, de acordo com o áudio, estava sentado na frente da casa da adolescente, do outro lado da rua. E por esse motivo houve a soltura.
A menor de idade detida por porte ilegal de arma de fogo foi liberada após ser autuada pelo ato infracional. E o jovem que foi considerado perigoso pela PM foi liberado, pois não havia mandado de prisão em aberto e ele não foi preso em flagrante.
Além disso, o suspeito só aparecia nos registros da polícia como vítima de roubo.