R$ 27 BILHÕES

Alvo da Operação Lava Jato, Joesley Batista faz proposta para comprar Braskem

Empresário já foi listado como um dos homens mais ricos do Brasil
Por Bruno Fernandes com agências 11/04/2022 - 14:47
Atualização: 11/04/2022 - 14:55
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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Joesley Batista chegou a ser preso em em 2018 por ter praticado obstrução de justiça
Joesley Batista chegou a ser preso em em 2018 por ter praticado obstrução de justiça

O empresário Joesley Batista, do grupo J&F, decidiu comprar a Braskem pela bagatela de aproximadamente R$ 27 bilhões, ou R$ 45,80 por ação. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 11, pelo jornalista Lauro Jardim, do O Globo.

Na última semana, o empresário que já foi listado como um dos homens mais ricos do Brasil já havia mostrado interesse em comprar a parte da Novonor, antiga Odebrecht e deixar de lado as ações da Petrobras, que representa 36% da empresa.

Agora, a nova proposta inclui ambas as partes (Novonor e Petrobrás) e devido a proposta considerada a melhor até o momento, a J&F contratou o ex-presidente da Braskem Carlos Fadigas para assessorá-la na transação.

Anteriormente, entre os muitos interessados na compra, a gestora americana Apollo Capital, chegou a fazer uma oferta não-vinculante de R$ 44,57 por ação para a fatia que está nas mãos da Novonor (ex-Odebrecht), um pouco abaixo da feita pelo empresário.

O possível futuro dono da petroquímica foi listado em 2016 entre os setenta maiores bilionários do Brasil pela revista Forbes. Em junho do ano seguinte, foi afastado do cargo no grupo J&F por cinco anos, como contrapartida a um acordo de leniência assinado com o Ministério Público Federal, por delações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato.

O acordo também previu, entre outras medidas, o pagamento de R$ 8 bilhões como ressarcimento a instituições do governo federal prejudicadas por atos criminosos, envolvendo pagamento de propinas, cometidos por ele e outros executivos da JBS.

Em comunicado de esclarecimento ao mercado, a Braskem informou que não é parte de eventuais discussões dos seus acionistas Novonor e Petrobras sobre a venda das suas participações acionárias detidas na Companhia, razão pela qual solicitou esclarecimentos aos seus acionistas.

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