JUSTIÇA

STJ mantém prisão de acusado de disparar contra carro de Kátia Born

Ex-prefeita de Maceió e sua companheira, Mara Ribeiro, teriam sido ameaçadas pelo empresário
Por Bruno Fernandes 07/06/2024 - 12:41

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Redes Sociais/Reprodução
André Miranda disparou contra carro da companheira da ex-prefeita Kátia Born
André Miranda disparou contra carro da companheira da ex-prefeita Kátia Born

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve nesta sexta-feira, 7, a prisão do empresário Carlos André César de Miranda, de 56 anos. Ele é suspeito de atirar no carro da ex-prefeita de Maceió e atual secretária de Estado da Assistência Social, Kátia Born. O incidente ocorreu quando o veículo estava vazio.

Além dos disparos, Carlos André também é acusado de proferir ataques homofóbicos e ameaças contra Kátia Born e sua companheira, Mara Ribeiro, pró-reitora da Uncisal.

A decisão foi proferida pelo ministro Jesuíno Rissato, que analisou um recurso de habeas corpus interposto pela defesa do empresário e reafirmou a legalidade da prisão preventiva.

Os advogados de Carlos André alegaram ilegalidade na invasão de sua casa pelos policiais, argumentando a falta de autorização para a entrada. A defesa também apontou a ausência de fundamentação adequada na prisão preventiva, citando condições pessoais favoráveis e falta de contemporaneidade dos fatos.

Entenda as acusações

O empresário está preso preventivamente desde 1º de fevereiro. Ele responde pelos crimes de dano qualificado, injúria racial, ameaça, disparo de arma de fogo e porte ilegal de arma. Diversas ações foram movidas pela defesa em várias instâncias, mas a prisão foi mantida.

60 dias de medo

Na edição 1266 do EXTRA, Kátia Born revelou detalhes sobre o caso envolvendo o empresário Carlos André César de Miranda. Segundo ela, os 60 dias em que o empresário realizou constantes ameaças e enviou indiretas em redes sociais, descrevendo o período como um verdadeiro tormento.

“Foram 60 dias de assédio e eu monitorando ele todo dia. Ele continua preso, por ainda haver risco, mas eu acho que uma pessoa que chega a dar um tiro na porta da gente pode dar um tiro na gente, então... Espero que continue preso por muito tempo. Falta agora ter o julgamento, mas, enquanto isso, ele continua preso e eu espero que continue”, disse.

Ainda de acordo com Kátia Born, a casa onde o empresário vivia foi alugada para outra pessoa, o que trouxe mais tranquilidade para ela e sua companheira, Mara Ribeiro, pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da Uncisal, pois um dos temores era que ele pudesse voltar a ser seu vizinho.

“O pai dele, que se não me engano é o dono do imóvel, alugou para outra pessoa poder morar e agora fiquei mais tranquila, pois sei que será mais difícil para ele voltar a viver no local”, finalizou.


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