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Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB é ameaçado de morte

Por da Redação com assessoria 24/08/2017 - 18:02

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Foto: Divulgação
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A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) informou à imprensa nesta quinta-feira, 24, que vai cobrar a apuração do Governo do Estado sobre a ameaça de morte sofrida pelo presidente da Comissão de Direitos Humanos, Ricardo Moraes.

O governador do Estado, Renan Filho, o Ministério Público Estadual e Tribunal de Justiça, a Associação dos Magistrados serão oficiados pelo fato. A OAB também irá solicitar ao Conselho Estadual de Segurança (Conseg), segurança pessoal para o advogado. 

Moraes recebeu uma ameaça de morte feita por um policial militar. A ameaça aconteceu via telefone após o integrante da instituição ter recebido na sede da OAB, no Centro de Maceió, a mãe de um adolescente que denunciou agressões sofridas pelo filho durante a madrugada do último dia 22 de agosto dentro de sua residência, e em seguida, concedeu uma entrevista à TV Ponta Verde para falar sobre os casos de violência registrados recentemente em Alagoas. 

Ricardo Moraes registrou um boletim de ocorrência na Delegacia Geral de Polícia Civil, em Jacarecica. 

No Termo de Declaração, o advogado relatou que estava a serviço da instituição, quando atendeu uma ligação que se trata de uma ameaça. A pessoa afirmava ser um agente da segurança pública e dizia que o presidente da Comissão "deveria parar com as ações contra policiais militares caso contrário seria enterrado junto com os bandidos, acrescentando que conhecia todos os passos do advogado e de sua família, identificou sua relação de parentesco com Magistrado do Estado". 

A ameaça aconteceu dias após a OAB Alagoas, através da comissão, cobrar rigorosa apuração nas mortes ocorridas num confronto policial, ocorrido na Feirinha do Tabuleiro do Martins, em Maceió. 

A OAB Alagoas estará adotando todas as medidas cabíveis, conforme ressaltou a presidente da Ordem, Fernanda Marinela. “A instituição vem acompanhando de perto, através da comissão, todos os casos que violem os direitos humanos e seguirá agindo com firmeza, exigindo das autoridades a devida obediência ao ordenamento legal. A Ordem não irá pactuar com qualquer tipo de violação por agentes públicos e não irá se curvar diante do seu papel que é defender a sociedade”, disse Fernanda Marinela.


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