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Setembro Amarelo: prevenção ao suicídio é tema de evento
Falar sobre o assunto com responsabilidade é uma das principais formas de prevenir o suicídio. Em alusão ao Setembro Amarelo, a Gerência de Atenção Psicossocial (GAP), da Secretaria Municipal de Saúde, realizou o “Prevenção ao Suicídio”, evento voltado para abordar a temática, na manhã desta quinta-feira (27), no auditório do Conselho Regional de Psicologia.
De acordo com Suzana Cunha, da GAP, a forma como se fala do suicídio é importante nas ações de prevenção. “A questão é como se fala, o suicídio não pode ser um tabu que a gente fuja de falar, porque uma das formas de prevenir é justamente dialogar, falar e expor as possibilidades de prevenção, tratamento e acompanhamento para quem tem adoecimento mental, então quando a gente não fala, vai acabar fugindo dessas possibilidade”, explicou.
O evento acontece em parceira com a Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal). O promotor Flávio Gomes da Costa, presidente da entidade, destacou as consequências que o suicídio traz para a sociedade. “Às vezes uma questão de suicídio dentro de um núcleo familiar tem outras repercussões, que podem desestruturar uma família. Então, a gente vai ver que o suicídio é algo muito importante a ser discutido, porque ele traz várias consequências”, disse.
A professora e psicóloga Laís Vilas Boas frisou a importância do Setembro Amarelo, principalmente como meio para fomentar ações preventivas e capacitar profissionais da área de saúde. Ela lembrou ainda que ações de prevenção devem acontecer todo o ano. “O tempo inteiro a gente tem que pensar em como prevenir, em como escutar as pessoas, que podem desenvolver algum tipo de comportamento ligado ao suicídio”, destacou.
Ouvir também é forma de prevenção
Segundo a psicóloga, é importante que, em um primeiro momento, a própria família ou rede social de apoio como um todo sejam capazes de escutar e conversar com a pessoa, sem acreditar que ao falar ela está estimulando esse tipo de pensamento.
“Falar e ouvir a pessoa sobre o tema tende a ser um fator protetivo. É importante que nesta conversa não haja julgamento, não mostrar que tem pessoas em situações piores e nem tudo que tem de bom na vida, porque isso tende a ser um incentivo na culpabilização. Ouvir o sujeito e ajudar a encontrar o que está desencadeado isso e alternativas é a melhor opção”, pontuou Laís.
Como procurar ajuda?
A SMS possui dispositivos prontos para atender pessoas que precisem de algum atendimento psicossocial, ferramenta fundamental na prevenção ao suicídio, como explica a gerente de Atenção Psicossocial do órgão, Izolda de Araújo. “Dentro da gerência nós temos várias unidades de saúde onde existe um atendimento psicológico, temos psiquiatras nas oito unidades de referência e também temos os cinco Centros de Atenção Psicossocial (Caps) distribuídos nos bairros”, frisou.
Além disso, os interessados em saber mais sobre a rede de atendimento e quais os procedimentos que podem ser realizados podem entrar em contato com a GAP pelo telefone 3315-5218.