PINHEIRO, MUTANGE E BEBEDOURO
Relatório sobre rachaduras apresentado pela Braskem não tem relação com laudo oficial, diz CPRM
O relatório sobre os possíveis motivos das rachaduras e afundamento dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, apresentado na manhã desta segunda-feira, 6, por representantes da Braskem, não tem ligação com o laudo oficial que deve ser apresentado na próxima quarta-feira, 8. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) ao EXTRA.
De acordo com engenheiro da mineradora, Rogério Bonfim, a falta de drenagem adequada aliada às falhas tectônicas teria causado as rachaduras e o afundamento da região
“O problema mais recorrente identificado em mais de 160 pontos é que não há continuidade de manilhas. Não há rejunte interno e externo e o que temos percebido é isso. Estamos falando de afastamento [de manilhas] de até 2 polegadas. Além disto, buracos e rompimentos foram encontrados nas tubulações”, explicou.
Conforme o advogado da Braskem, Bruno Maia, "mais importante do que fazer uma drenagem seria consertar a tubulação que leva água para a lagoa o mais rápido possível. A empresa acertou com a prefeitura que iria assumir esse trabalho. Essa tubulação será doada para o município", destacou.
Após ser adiado sem explicações por mais de uma semana, o laudo oficial sobre o caso será divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, em audiência pública no auditório da Justiça Federal, no bairro da Serraria, em Maceió.