PINHEIRO, MUTANGE E BEBEDOURO

Relatório sobre rachaduras apresentado pela Braskem não tem relação com laudo oficial, diz CPRM

Por Bruno Fernandes 06/05/2019 - 16:02
Atualização: 06/05/2019 - 17:05

ACESSIBILIDADE

Sofia Sepreny
Relatório foi apresentado durante coletiva no CREA
Relatório foi apresentado durante coletiva no CREA

O relatório sobre os possíveis motivos das rachaduras e afundamento dos bairros do Pinheiro, Mutange e Bebedouro, em Maceió, apresentado na manhã desta segunda-feira, 6, por representantes da Braskem, não tem ligação com o laudo oficial que deve ser apresentado na próxima quarta-feira, 8. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) ao EXTRA. 

De acordo com engenheiro da mineradora, Rogério Bonfim, a falta de drenagem adequada aliada às falhas tectônicas teria causado as rachaduras e o afundamento da região

“O problema mais recorrente identificado em mais de 160 pontos é que não há continuidade de manilhas. Não há rejunte interno e externo e o que temos percebido é isso. Estamos falando de afastamento [de manilhas] de até 2 polegadas. Além disto, buracos e rompimentos foram encontrados nas tubulações”, explicou.

Conforme o advogado da Braskem, Bruno Maia, "mais importante do que fazer uma drenagem seria consertar a tubulação que leva água para a lagoa o mais rápido possível. A empresa acertou com a prefeitura que iria assumir esse trabalho. Essa tubulação será doada para o município", destacou.

Após ser adiado sem explicações por mais de uma semana, o laudo oficial sobre o caso será divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, órgão do governo federal, em audiência pública no auditório da Justiça Federal, no bairro da Serraria, em Maceió.


Encontrou algum erro? Entre em contato