ECONOMIA
Alagoas entra na fila para fazer parte de novo modelo de negócios do BNDES
BNDES será o "banco de serviços" dos governos das três esferas
Alagoas pediu para fazer parte do novo modelo de negócio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), anunciado pelo presidente da instituição, Gustavo Montezano, nessa segunda-feira, 30.
Além de Alagoas, Acre, Amapá, Pará, Ceará, Pernambuco e Rio procuraram o banco para modelar projetos. Nesse novo papel, o BNDES será o "banco de serviços" dos governos das três esferas, elaborando projetos e coordenando privatizações de estatais, concessões e parcerias público-privadas.
Gustavo Montezano, estima que será possível levar a mercado as licitações de desestatização na área de saneamento em até 12 meses após a aprovação do novo marco regulatório do setor, hoje em discussão no Congresso Nacional.

Em entrevista ao Estadão, o presidente fez críticas ao modelo de gestão de empresas do Brasil, e declarou que o Estado é um péssimo detentor de empresas.
"O Estado brasileiro, ao longo dos anos, teve uma cultura de acumulador de bens e empresas. Foi abrindo empresas e acumulando bens. E a verdade é que o Estado é um péssimo detentor de empresas, um péssimo gestor de ativos", declarou.
Alagoas e os demais estados devem fazer parte da segunda camada de prioridade do banco devido a dificuldade em captar recursos. O primeiro na fila será o governo federal, tido como prioridade. Municípios ficarão na terceira fase.
"Queremos e vamos apoiar todo o processo de privatização e concessões do governo federal. A segunda camada de clientes são os Estados. São 27, é mais pulverizado, pois eles têm menos capacitação de fazer leis, de pagar recursos", explicou.