CASO PINHEIRO

Famílias do Mutange devem ser incluídas no Minha Casa, Minha Vida

Por Bruno Fernandes 19/11/2019 - 12:43
Atualização: 19/11/2019 - 15:57

ACESSIBILIDADE

Bruno Fernandes
Reunião aconteceu na sede da Defensoria Pública do Estado de Alagoas
Reunião aconteceu na sede da Defensoria Pública do Estado de Alagoas

Pelo menos 400 famílias do Mutange deverão deixar suas residências em função da instabilidade do solo causada pela exploração da sal-gema pela petroquímica Braskem.

Em reunião entre a Defensoria Pública e representantes da empresa, que faz parte do grupo Odebrecht, realizada nesta terça-feira, 19, ficou acordado que a alternativa mais viável é direcionar os moradores para residenciais do programa Minha Casa, Minha Vida. 

Área de resguardo em torno de 15 poços será evacuada

A população atingida é aquela que circunvizinha o campo do CSA, que também deverá ser desativado. Porém, o prazo para evacuação e o local onde serão construídas as casas ainda não foram estipulados.

Segundo a Defensoria, a Braskem tem até março para apresentar o estudo sobre as demais áreas. No entanto, órgão acredita que o resultado será semelhante, acarretando na retirada da população. 

O defensor público geral Ricardo Melro informou que as famílias do Mutange que tiverem que deixar o bairro vão receber o aluguel social. "Foi comprovado que a área precisa ser evacuada e resguardada. Sendo assim, o local não deve voltar a ser habitado", enfatizou o promotor de Justiça, Jorge Dória.

A Defensoria solicitará que o aluguel social a ser pago seja o mesmo dos moradores do Pinheiro. Conforme a Braskem, a população deve ser retirada para que o fechamento dos poços de mineração seja realizada com segurança.


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