BAIRROS AFUNDANDO

Mais de 40 mil pessoas à espera de uma solução para suas vidas

Iminência de uma tragédia é admitida pela Braskem e Poder Público
Por Sofia Sepreny 15/12/2019 - 18:56

ACESSIBILIDADE

Sofia Sepreny
Escola Estadual Bom Conselho, no Bebedouro
Escola Estadual Bom Conselho, no Bebedouro

Tudo começou em fevereiro de 2018, com um tremor de terra sentido em alguns locais da capital alagoana. O que parecia ser algo simples, é pesadelo hoje para mais de 40 mil pessoas. O problema de afundamento de solo que atinge os bairros de Pinheiro, Mutange e Bebedouro está distante de ter um fim.

A petroquímica Braskem admitiu ser culpada diante dos problemas dos bairros, consequência de anos de exploração mineral na região. A empresa contratou o Instituto de Geomecânica de Leipzig (IFG), da Alemanha, que confirmou os dados apresentados em março pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM), apontando a empresa como responsável pelas rachaduras e desestabilidade do solo dessas regiões.

A pesquisa feita pela entidade alemã por meio de sonares revelou o que o estudo da CPRM já havia relatado: a extração de sal-gema provocou a movimentação do sal criando uma situação dinâmica com reativação de estruturas geológicas preexistentes, subsidência (afundamento) do terreno e deformações rúpteis na superfície (trincas no solo e nas edificações).

Diante do exposto, a Braskem começou a se movimentar a anunciou o Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação que inclui indenização aos moradores da área de resguardo em torno dos seus poços e apoio durante todo o processo. No entanto, essa ação envolve apenas os moradores que estão dentro desta área de resguardo, em torno dos 15 poços da mineradora que devem ser fechados, o que engloba apenas 400 imóveis.

Leia na reportagem na íntegra no jornal EXTRA ALAGOAS nas bancas!


Encontrou algum erro? Entre em contato