Equatorial é alvo de reclamações por cortes e cobranças indevidas

A população alagoana tem demonstrado cada vez mais insatisfação com a Equatorial Energia, empresa que assumiu a operação da Companhia Energética de Alagoas (Ceal) em março de 2019 com a venda da Eletrobras Alagoas. Os principais motivos dessa insatisfação, que é possível encontrar nas páginas da própria empresa no Facebook e Instagram são os cortes no fornecimento e o reajuste considerado muitas vezes abusivo das contas de energia.

Em relação aos cortes, a principal queixa é que a empresa está fazendo a interrupção do fornecimento 15 dias após o vencimento da última conta e não 15 dias após um aviso de dívida, como é exigido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Fábio Alberto, morador do bairro da Gruta de Lourdes passou pelo problema no começo de janeiro e precisou ficar algumas horas sem energia.

De acordo com o empresário, o vencimento da conta estava previsto para o dia 23 de dezembro e o corte foi realizado no dia 14 de janeiro. Porém, apesar de estar atrasado, ele afirma que não chegou nenhum aviso de corte devido à falta de pagamento. “Fizemos o pagamento no dia que vieram cortar e depois de várias horas fizeram a religação. Nesse mês já chegou uma fatura cobrando R$ 33 pelo valor para religar, mas quando ligamos lá para saber, eles informam que o valor é de apenas R$ 7”, revela.

O aviso prévio antes do corte é exigido pela Aneel, como explica Clauber Leite, especialista em energia do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor. “Pode haver suspensão do fornecimento mediante aviso prévio de 15 dias na forma do artigo 173 da resolução 414/Aneel/2010 devendo ser a notificação escrita, específica e com entrega comprovada ou, alternativamente, impressa em destaque na fatura”.

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