Exército em Alagoas está de sobreaviso para atuar no Ceará

Militares do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMtz) em Alagoas estão de sobreaviso para viajar ao Ceará e desempenhar o papel da Polícia Militar nas ruas de algumas cidades.

Os policiais cearenses realizam um motim para pedir reajuste salarial ao governo. O impasse sobre o reajuste perdura desde o dia 5 de dezembro.

A informação do envio de tropas foi confirmada nesta segunda-feira, 24, pela Assessoria de Comunicação ao EXTRA.

Atualmente o Ceará conta com a atuação de 2,5 mil soldados do Exército Brasileiro, além de 150 agentes da Força Nacional, enviados ao estado para conter a crise na segurança pública.

A portaria assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) de sexta-feira, 21, autorizou o emprego das Forças Armadas no Ceará, na chamada “Operação Mandacaru”.

A portaria dá orientações ao comandante da Marinha, do Exército, da Aeronáutica e ao Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas.

Entre as recomendações, está a de que o comandante do Exército escolha um líder para coordenar a operação e busque “evitar o confronto com grevistas”. O 59º BIMtz não informou o quantitativo de militares que poderão ser enviados.

"Já recebemos a ordem e estamos em sobreaviso para viajar a qualquer momento para Fortaleza e cumprir a missão que nos for dada", informou a Assessoria de Comunicação do BIMtz. Vale ressaltar que o Ceará registrou 51 mortes em 48 horas.

Algumas cidades do Ceará, entre elas Milagres, Forquilha, Canindé e Paracuru, suspenderam os eventos carnavalescos. Os prefeitos alegam a falta de segurança por causa da paralisação dos policiais militares.

Até o momento, militares do 14º Batalhão de Infantaria Motorizada (14º BIMtz), em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, também foram acionados e embarcaram nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira para o Ceará.