Bombeiro é preso em Maceió durante operação contra pornografia infantil

Um bombeiro militar de 35 anos foi preso em flagrante em Maceió, na manhã desta sexta-feira, 6, durante a sétima fase da operação internacional Luz na Infância, cujo objetivo é combater crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes praticados na internet contra crianças e adolescentes.

De acordo com a polícia, no momento da prisão ele admitiu que tinha o conteúdo guardado em um HD. “Agora, ele vai pagar a fiança e responder em liberdade já que ele não compartilhou esse conteúdo para outras pessoas. O conteúdo estava armazenado” , disse o policial, em entrevista a uma emissora de televisão.

O bombeiro foi preso em um apartamento de luxo no bairro de Ponta Verde, onde mora com os pais. No local, os policiais civis apreenderam dois HDs, 1 notebook e 1 smartphone onde estava armazenada grande quantidade de material de pornografia infantil.

A legislação prevê pena que varia de um a quatro anos para quem armazena esse tipo de conteúdo. O compartilhamento de materiais desse tipo pode resultar em penas de três a seis anos e, no caso de produção de conteúdo relacionado a crimes de exploração sexual, a pena varia de quatro a oito anos de prisão.

A Luz na Infância cumpre hoje mandados em países como Estados Unidos, Argentina, Panamá, Paraguai. No Brasil, além de Alagoas, a operação cumpre 137 mandados de busca e apreensão no Ceará, Goiás, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas informou que a Corregedoria Geral da Corporação tem acompanhado atenciosamente os fatos para proceder, em caso de necessidade, com o devido processo legal, à luz dos regulamentos, nas instâncias administrativas e penais militares.

"Diante dessas graves acusações, o Comando do Corpo do Bombeiros Militar de Alagoas vem reforçar que a Corporação, enquanto instituição renomada e com alta credibilidade junto à sociedade alagoana, repudia veementemente desvios de conduta e abusos de qualquer natureza contra qualquer grupo vulnerável de nossa sociedade, especialmente contra menores, cuja a proteção e formação é alvo de diversas ações sociais promovidas há anos pela Corporação", diz a nota.