TRAGÉDIA NA BR-381
Familiares sepultam hoje corpos de vítimas do acidente em Minas Gerais
Familiares e amigos se despedem nesta manhã das vítimas do acidente com o ônibus da empresa Localima, que caiu de uma ponte na BR-381, em João Monlevade (MG). Os corpos dos alagoanos estão sendo velados em municípios do Sertão de Alagoas e serão sepultados hoje nos municípios onde residiam. Dos 19 mortos na tragédia, 14 foram trazidos para o estado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), nesta segunda-feira (7).
Depoimento
No final da tarde de ontem o representante da empresa Localima, Flaviano Carvalho, disse em depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais acreditar que a tragédia pode ter sido causada por uma falha do motorista. “Nós acreditamos que foi uma imprudência do motorista”, disse Carvalho. O motorista Luiz Viana de Lima também prestou depoimento na tarde desta segunda-feira. O motorista tinha contratação temporária com a empresa.
Em entrevista a rede Record, Carvalho disse que a Localima, proprietária do ônibus envolvido o acidente, não deixou de prestar apoio a familiares e vítimas. “Nós estamos aqui em Belo Horizonte desde as primeiras horas, com o pessoal da Defesa Civil, do IML, chegamos sábado, acompanhados do secretário de Água Branca, passamos o sábado e o domingo, saímos do IML ontem, 2h da manhã, quando foram liberados todos os corpos, estamos indo nos hospitais visitar as vítimas, a empresa Localima está dando assistência às famílias, deixar bem claro para a população que nós não nos omitimos de maneira alguma, a gente só quer esclarecer os fatos”, disse Flaviano Carvalho.
O representante da Localima garantiu também que o veículo estava em situação regular, informação ainda contestada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).
“O nosso carro tem a vistoria da ANTT, que nós já apresentamos, que a vistoria foi feita agora em outubro, e vale por um ano, nós temos um contrato com a JS, um contrato de dois anos, os bilhetes são emitidos pela JS. A empresa Localima faz apenas a locação do veículo, ela não faz transporte clandestino”, disse, ao eximir de culpa a Localima e acusar a empresa JS Turismo.
“A empresa JS é que é responsável pela linha, e a empresa JS se omitiu de prestar socorro às vítimas”, disse Carvalho. “Nós temos um contrato com a JS, um contrato de dois anos, os bilhetes são emitidos pela JS”, afirmou.
Por meio de uma nota pública, JS Turismo afirmou que o contrato de arrendamento que havia com a Localima foi desfeito em outubro de 2020 por causa da “péssima qualidade identificada na manutenção exercida pela “localima Transportes”. Na nota a empresa afirma que o adesivo da JS Turismo foi mantido no para-brisa com o intuito de “driblar a fiscalização” e que a Localima usava o veículo para fazer trasporte irregular.
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