TRAGÉDIA NA BR-381

Familiares sepultam hoje corpos de vítimas do acidente em Minas Gerais

Por Tâmara Albuquerque 08/12/2020 - 07:20
Atualização: 08/12/2020 - 10:23

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Cortesia ao Extra
Velório das vítimas do acidente com ônibus em MInas Gerais
Velório das vítimas do acidente com ônibus em MInas Gerais

Familiares e amigos se despedem nesta manhã das vítimas do acidente com o ônibus da empresa Localima, que caiu de uma ponte na BR-381, em João Monlevade (MG). Os corpos dos alagoanos estão sendo velados em municípios do Sertão de Alagoas e serão sepultados hoje nos municípios onde residiam. Dos 19 mortos na tragédia, 14 foram trazidos para o estado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), nesta segunda-feira (7).

A cidade de Água Branca preparou um velório coletivo para as seis vítimas da tragédia. Os corpos de Amanda Lima Rodrigues, Marcondes Teixeira Lima, Izabel Cristina Melo Lima, Cícero Jamerson Andrade da Silva e Cícero de Oliveira Lima foram velados num ginásio sob clima de grande comoção. Outras três vítimas foram veladas em Pariconha, duas em Delmiro Gouveia. Um corpo ficou na Bahia. Em Mata Grande (AL), foram velados os corpos de Maria Silma da Silva Batalha, Elias Vieira Batalha, Manoel José da Silva, José Roberto Santos da Silva, Eva Maria dos Santos e Maria Luiza de Oliveira.

Depoimento

No final da tarde de ontem o representante da empresa Localima, Flaviano Carvalho, disse em depoimento à Polícia Civil de Minas Gerais acreditar que a tragédia pode ter sido causada por uma falha do motorista. “Nós acreditamos que foi uma imprudência do motorista”, disse Carvalho. O motorista Luiz Viana de Lima também prestou depoimento na tarde desta segunda-feira. O motorista tinha contratação temporária com a empresa.

Em entrevista a rede Record, Carvalho disse que a Localima, proprietária do ônibus envolvido o acidente, não deixou de prestar apoio a familiares e vítimas. “Nós estamos aqui em Belo Horizonte desde as primeiras horas, com o pessoal da Defesa Civil, do IML, chegamos sábado, acompanhados do secretário de Água Branca, passamos o sábado e o domingo, saímos do IML ontem, 2h da manhã, quando foram liberados todos os corpos, estamos indo nos hospitais visitar as vítimas, a empresa Localima está dando assistência às famílias, deixar bem claro para a população que nós não nos omitimos de maneira alguma, a gente só quer esclarecer os fatos”, disse Flaviano Carvalho.


O representante da Localima garantiu também que o veículo estava em situação regular, informação ainda contestada pela Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT).

“O nosso carro tem a vistoria da ANTT,  que nós já apresentamos, que a vistoria foi feita agora em outubro, e vale por um ano, nós temos um contrato com a JS, um contrato de dois anos, os bilhetes são emitidos pela JS. A empresa Localima faz apenas a locação do veículo, ela não faz transporte clandestino”, disse, ao eximir de culpa a Localima e acusar a empresa JS Turismo.

“A empresa JS é que é responsável pela linha, e a empresa JS se omitiu de prestar socorro às vítimas”, disse Carvalho. “Nós temos um contrato com a JS, um contrato de dois anos, os bilhetes são emitidos pela JS”, afirmou.

Por meio de uma nota pública, JS Turismo afirmou que o contrato de arrendamento que havia com a Localima foi desfeito em outubro de 2020 por causa da “péssima qualidade identificada na manutenção exercida pela “localima Transportes”. Na nota a empresa afirma que o adesivo da JS Turismo foi mantido no para-brisa com o intuito de “driblar a fiscalização” e que a Localima usava o veículo para fazer trasporte irregular.

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