MINISTÉRIO DA SAÚDE
Cirurgias de varizes feitas pelo SUS em Alagoas caíram 15% em 2021

As cirurgias de varizes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caíram, em média, 15% em Alagoas durante o ano de 2021, na comparação com o ano de 2019, antes da pandemia de covid-19, revelou nesta quarta-feira, 30, a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular em levantamento feito com base em números do Ministério da Saúde.
Para os especialistas da SBACV, a baixa procura durante a pandemia deveu-se ao receio de pacientes irem a consultórios e hospitais para consultas e cirurgias por receio de se exporem ao novo coronavírus. Isso resultou em um “apagão” desse tipo de cirurgia.
As varizes são veias alongadas, dilatadas e tortuosas que se desenvolvem abaixo da pele e que, em função de sua fase de desenvolvimento, podem ser de pequeno, médio ou de grande calibre. Os membros inferiores (pés, pernas e coxas) são os mais acometidos.
No Brasil, as cirurgias de varizes realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) caíram, em média, 69%. Há dois anos, o SUS contabilizou a realização de 68.743 cirurgias de varizes. O volume inclui tratamentos cirúrgicos de varizes bilateral e unilateral, bem como a ressecção (extração) das veias. Em março de 2020, ano em que a pandemia foi decretada, esse total caiu 59%, com o registro de 28.354 operações.
“Sem o cuidado devido, as varizes implicam em perda de qualidade de vida, sobretudo para as mulheres, em quem são mais prevalentes, que podem sofrer com dores e desconforto, comprometendo sua rotina. Além disso, as varizes podem evoluir para situações graves e de difícil reversão, como as úlceras de estase, que são feridas crônicas de difícil cicatrização e que tem grande impacto econômico e na qualidade de vida do paciente”, ressaltou Julio Peclat, presidente da SBACV.
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