SEU BOLSO

Medicamentos terão reajuste de 10,89% até sexta-feira

Por Tamara Albuquerque com Agências 30/03/2022 - 18:51
A- A+
Agencia Brasil
Reajuste será aplicado de forma paulatina, segundo o Sindusfarma
Reajuste será aplicado de forma paulatina, segundo o Sindusfarma

Os preços dos medicamentos terão um reajuste de 10,89%. O percentual é o valor máximo que pode ser aplicado pelos fabricantes e foi autorizado pelo governo federal. Segundo o Sindusfarma, Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, o aumento deve entrar em vigor na sexta-feira, 1º de abril.

O índice leva em conta a inflação e o fator Y, divulgado na terça-feira (29) pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), que calcula os custos de produção não captados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou em 10,54%.

Os medicamentos têm um dos mais previsíveis e estáveis comportamentos de preço da economia brasileira — afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini.

Os fabricantes e revendedores só poderão subir os preços dentro da nova margem definida pela CMED, após publicação de portaria pelo governo federal com a nova determinação, informou a Folha de S. Paulo. Entretanto, mas o Sindusfarma destaca que, pela lei, a recomposição anual de preços poderá ser aplicada a partir de amanhã “em cerca de 13 mil apresentações de medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro”.

Neste ano, diferente dos anos anteriores, não devem ser anunciados três níveis de reajuste definidos conforme o tipo de remédio. Com isso, todos os medicamentos deverão ter um aumento autorizado de 10,89%.

A entidade lembra, no entanto, que o reajuste não é automático e nem imediato, “pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços: medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) são oferecidos no país por vários fabricantes e em milhares de pontos de venda”, afirmou em nota o sindicato.

“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde”, recomenda o presidente executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”.


Encontrou algum erro? Entre em contato