SUPERLOTAÇÃO

IML em Maceió tem quase 70 corpos aguardando sepultamento

Prefeituras alagoanas serão acionadas para providenciar enterros
Por Bruno Fernandes com MPE 18/04/2022 - 13:25
Atualização: 18/04/2022 - 13:34
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Bruno Fernandes
IML Maceió
IML Maceió

O Instituto Médico Legal de Alagoas, em Maceió, tem 67 corpos esperando para serem enterrados, revelou nesta segunda-feira, 18, a promotora Karla Padilha durante reunião com o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque e o secretário estatal de Segurança Pública, coronel Elias Oliveira para discutir medidas que solucionem o problema de superlotação.

“A situação mais delicada é a de Maceió, que possui 67 corpos à espera de inumação. Na sequência, aparecem Rio Largo, com 14. Os demais municípios se dividem com 3 e 4 corpos”, pontuou a promotora de Justiça do Controle Externo da Atividade Policial da capital, que aposta em um acordo com os municípios.

De acordo com Padilha, o Ministério Público vai elaborar um termo de cooperação a ser assinado com a SSP e a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), de modo que, após a realização dos exames cadavéricos pelo IML de Maceió e de Arapiraca, cada cidade possa fazer o recolhimento e o sepultamento do corpo que veio daquela determinada localidade.

Durante a reunião, o procurador-geral de Justiça, Márcio Roberto Tenório de Albuquerque também assumiu o compromisso de provocar as prefeituras para que elas assumam esse compromisso.

“Vamos pedir para que essas cidades providenciem o sepultamento dos seus munícipes, uma vez que o IML possui essa relação e sabe identificar de onde veio cada um deles”, informou o chefe do MPAL.

Segundo ele, o contato com os prefeitos e secretários municipais será feito nesta própria segunda-feira. Para o secretário da SSP, tal medida vai evitar uma futura tragédia dentro do IML.

“Essa é uma realidade de extrema gravidade que realmente precisava de um encaminhamento, por isso procuramos o Ministério Público. Diante do que ficou acordado nesta reunião, estamos confiantes que o problema vai ser solucionado em breve”, disse Elias Oliveira.

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