O suspeito da morte da professora Joyce dos Santos Silva Cirino, de 36 anos, foi preso na última quarta-feira, 16, em São Brás, após investigações que apontaram indícios de envenenamento. Nesta sexta-feira, 18, a perícia confirmou o envenenamento da professora após comer coxinhas. Veja as principais pistas que levaram à sua prisão:

Fotografia suspeita: A irmã da vítima tirou fotos da residência, mostrando coxinhas e embalagens no local, o que levantou suspeitas. Quando a polícia chegou, o material já havia sido removido.

Encomenda de coxinhas: O suspeito encomendou 20 mini-coxinhas, consumidas por Joyce antes de seu estado de saúde deteriorar rapidamente. Ele foi responsável por levar as coxinhas para casa.

Atraso no socorro: O suspeito demorou a buscar ajuda médica, comunicando aos médicos que Joyce havia comido a coxinha e estava mal. Esse intervalo de tempo levantou suspeitas sobre a omissão de socorro.

Retorno à residência: Após levar Joyce ao hospital, o suspeito voltou para casa, possivelmente para se desfazer do veneno e das evidências do crime.

Chegada ao hospital com advogada: O suspeito retornou ao hospital uma hora depois com uma advogada, o que gerou desconfiança, já que ele não estava acompanhado por um familiar médico, mas por uma pessoa da área jurídica.

Exame toxicológico: A análise do conteúdo estomacal de Joyce identificou praguicidas altamente tóxicos, como sulfotep e terbufós, proibidos no Brasil e usados em raticidas.

Prisão

A Polícia Civil prendeu na quarta-feira, 16, o ex-marido da professora Joyce dos Santos Silva Cirino. O suspeito foi localizado na casa de uma tia em São Brás, no Baixo São Francisco. Ele nega o crime, mas ficará à disposição da Justiça até que os laudos sejam concluídos.

As investigações indicam que o ex-marido de Joyce entregou a coxinha a ela. Familiares e pessoas próximas ao casal relataram à polícia que Joyce e o ex estava passando por um processo de separação considerado "difícil".

Perícia confirma envenenamento

A Polícia Científica do Estado de Alagoas confirmou nesta sexta-feira, 18, que a professora morreu após ser envenenada. A perícia revelou vestígios de um pesticida tóxico no corpo da vítima.

Segundo o perito criminal Thalmanny Goulart, foram identificadas duas substâncias altamente tóxicas, de comércio proibido no Brasil. "Foram três mortes este ano com essa substância, e seis no ano passado. A fiscalização sobre seu uso irregular é necessária", afirmou o perito.