Trabalhadores do Porto de Maceió aderiram, nesta terça-feira, 22, à greve nacional de 12 horas, paralisando as atividades na capital alagoana. O ato ocorreu em frente ao porto, na Avenida Industrial Cícero Toledo, no bairro do Jaraguá, onde faixas e cones foram espalhados pela pista.

Em alguns momentos, os manifestantes bloquearam os dois sentidos da avenida, mas, com a presença do Departamento Municipal de Transportes e Trânsito (DMTT), apenas uma faixa foi mantida ocupada. Apesar da intervenção, o trânsito ficou lento em determinados períodos do dia.

A paralisação teve como objetivo denunciar os impactos das possíveis alterações na Lei dos Portos (Lei 12.815/2013), que incluem a extinção do adicional noturno e do adicional de risco. O ato foi coordenado pela Federação Nacional dos Portuários (FNP), Federação Nacional dos Estivadores (FNE) e a Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (Fenccovib).

Segundo o presidente da Fenccovib, Mário Teixeira, a greve é uma resposta a um relatório e a um anteprojeto de lei que retiram direitos dos trabalhadores portuários, reduzem oportunidades de emprego, eliminam categorias reconhecidas por lei, limitam a atuação sindical e enfraquecem os vínculos empregatícios.

Teixeira também criticou a composição da comissão de juristas que está elaborando, na Câmara dos Deputados, um relatório com a proposta de projeto de lei para o setor.