violência
Alagoas registra seis assassinatos de pessoas trans e travestis, diz dossiê
Perfil das pessoas assassinadas reflete um padrão de vulnerabilidade social: a maioria são negrasUm dossiê da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), divulgado nesta segunda-feira, 27, revelou que Alagoas registrou seis assassinatos de pessoas trans em 2024. No Brasil, foram 122 casos, mantendo o país como o mais perigoso para pessoas trans pelo 16º ano consecutivo.
No Nordeste, região com maior concentração de vítimas, Alagoas destacou-se entre os estados mais afetados. As pessoas assassinadas eram majoritariamente jovens trans negras em situação de vulnerabilidade, mortas em locais públicos e, frequentemente, com sinais de extrema violência.
São Paulo liderou o número de assassinatos, com 16 casos, seguido por Minas Gerais (12) e Ceará (11). Estados como Bahia e Pernambuco registraram oito mortes cada, enquanto Acre, Rio Grande do Norte e Roraima não tiveram vítimas. Entre as 122 mortes, 117 foram de travestis e mulheres trans.
O dossiê revelou que 78% das vítimas negras viviam em extrema vulnerabilidade, muitas dependendo do trabalho sexual. A maioria tinha entre 15 e 29 anos.