justiça
Pastor acusado de abusar das filhas adotivas é condenado a 45 anos
Após os abusos, réu ameaçava as vítimas de morte caso contassem o ocorrido
Um pastor evangélico acusado de abusar sexualmente das filhas adotivas foi condenado a 45 anos de reclusão. A decisão, proferida na última terça, 25, é do juiz Anderson Passos, da 1ª Vara da Comarca de Arapiraca.
O caso ocorreu em maio de 2022, na zona rural de Craíbas, interior de Alagoas. De acordo com a denúncia, o réu praticou conjunção carnal e outros atos libidinosos contra as filhas gêmeas por, aproximadamente, sete anos. Após os abusos, ameaçava as vítimas de morte caso contassem o ocorrido.
Ainda segundo a denúncia, uma das filhas, cansada dos abusos, relatou o fato a familiares. O réu fugiu, mas acabou preso em julho do ano passado, em Pernambuco. Em depoimento, negou o crime.
De acordo com o juiz Anderson Passos, a materialidade quanto ao delito de estupro de vulnerável está consubstanciada no boletim de ocorrência, nos laudos periciais e nos depoimentos das vítimas e testemunhas.
"Depreende-se que as vítimas, quando ouvidas em sede inquisitorial e judicial, confirmaram, de maneira precisa, os toques lascivos e a consumação da conjunção carnal, atos cometidos pelo réu enquanto este residia com as vítimas na condição de pai adotivo", afirmou o magistrado.
Além dos 45 anos de reclusão pelo crime de estupro, o réu foi condenado a dois meses e seis dias de detenção pelo crime de ameaça. O juiz fixou o regime fechado para o início do cumprimento da pena.