O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) negou o pedido liminar de liberdade do influenciador digital Kel Ferreti, condenado a 10 anos de reclusão pelo crime de estupro. A decisão, assinada pelo desembargador João Luiz Azevedo Lessa nesta quinta-feira, 29, reforça a manutenção da prisão preventiva determinada pela 4ª Vara Criminal da Capital, que levou em conta a extrema violência empregada contra a vítima e o risco de reiteração do crime.

Ferreti está preso desde dezembro de 2024 e responde à condenação por um estupro ocorrido dentro do quarto de uma pousada em Cruz das Almas, Maceió. De acordo com o Ministério Público, o influenciador atraiu a vítima por meio de um grupo de apostas online no WhatsApp, do qual era administrador.

Após conversas privadas e envio de valores via Pix, ele teria marcado o encontro, durante o qual, segundo a denúncia, cometeu agressões físicas e sexuais contra a mulher.

A defesa alegava que a custódia era ilegal e imotivada, mas o magistrado considerou os fundamentos apresentados na sentença como suficientes para justificar a manutenção da prisão. Laudos periciais e o exame de corpo de delito confirmaram as lesões descritas pela vítima, que também apresentou imagens e prints das conversas.

Segundo o desembargador, as condições pessoais favoráveis de Ferreti não bastam para revogar a prisão cautelar, já que há evidências de que ele agiu de forma premeditada, utilizando "seu prestígio social e situação econômica" para intimidar a vítima.

Kel Ferreti nega todas as acusações por meio de sua defesa.