Em Arapiraca

FPI do São Francisco flagra irregularidades em criatório de aves

Espaço funcionava fora das normas ambientais, abrindo brechas para o comércio ilegal
Por FPI do São Francisco 21/08/2025 - 15:10
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FPI do São Francisco
Aves foram recolhidas e encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Ibama
Aves foram recolhidas e encaminhadas para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no Ibama

Durante mais uma ação da Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) do Rio São Francisco) a equipe Fauna constatou irregularidades em um criatório de pássaros que, embora possuísse autorização legal para funcionar, estava operando em desacordo com as normas ambientais. 

No local, situado em Arapiraca, foram encontradas várias espécies com anilhas falsas e adulteradas, o que impediu os técnicos de identificarem a origem dos animais. Parte das aves foi recolhida e encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), localizado no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), para que recebam os cuidados devidos e, em seguida, sejam reintroduzidas à natureza.



Os criatórios de aves, também conhecidos como criadouros conservacionistas ou comerciais, são espaços autorizados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) ou pelos órgãos ambientais estaduais para a reprodução e manutenção de espécies da fauna silvestre. Eles podem atuar tanto na conservação de espécies ameaçadas - que fazem parte da lista vermelha - quanto no comércio legal de animais, desde que sigam regras rígidas de manejo, estrutura, higiene e bem-estar dos bichos.

No entanto, quando esses espaços apresentam irregularidades, colocam em risco a saúde e a sobrevivência das aves, além de abrirem brechas para práticas ilegais, como o comércio ilegal de animais capturados da natureza. Por isso, a fiscalização constante é considerada essencial para garantir que os criatórios realmente cumpram sua função legal e não se transformem em pontos de tráfico ou maus-tratos.

A coordenadora da equipe de Fauna da FPI, Diandra Silva, chefe da fiscalização do Ibama/Alagoas, explica que operações como essa são fundamentais para coibir fraudes e preservar a biodiversidade da bacia hidrográfica do Rio São Francisco: “Quando um criador descumpre as regras, prejudica não apenas os animais, mas todo o esforço de conservação. Nosso trabalho é assegurar que a legislação seja cumprida e que essas espécies tenham a chance de continuar existindo em equilíbrio com a natureza”, destacou.



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