FUTEBOL
Mirian Monte renuncia à presidência do CSA após afastamento
Ex-dirigente rebateu críticas, defendeu gestão e desejou sorte a sucessor
Um dia após ser afastada pelo Conselho Deliberativo do CSA, Mirian Monte assinou, nesta terça-feira, 2, a renúncia ao cargo de presidente executiva do clube. A saída ocorre em meio à crise após o rebaixamento do Azulão para a Série D do Campeonato Brasileiro.
Durante pronunciamento em um empresarial no bairro da Pajuçara, Mirian falou pela primeira vez desde a decisão do Conselho. Ela confirmou que o vice-presidente Robson Rodas assumirá o comando do clube.
"O vice-presidente constituído legitimamente, Robson Rodas, terá o direito se fica ou se não fica, de acordo com o estatuto do clube. A partir de agora, ele que vai ter que dizer se fica ou não. O que ele me deixou ciente é que ele fica, que assume o clube e passa a ser o presidente do Centro Sportivo Alagoano. E terá de mim todo o desejo de sucesso e boa sorte", declarou.
Mirian também rebateu acusações de má gestão, classificando como "notícias falsas" e "burburinhos" as críticas recebidas. "Não me vendo nem me corrompo por dinheiro. Quando passar tudo isso, eu vou falar tudo para vocês. O clube está com tudo pago, não deve salário de ninguém", afirmou.
Ela destacou que, só nesta temporada, o CSA arrecadou mais de R$ 11 milhões ao chegar à semifinal da Copa do Nordeste e às quartas de final da Copa do Brasil. A ex-presidente criticou os pagamentos conhecidos como "bicho", que, segundo ela, "devastam o futebol brasileiro".
"Engraçado que vazaram pagamentos de bichos para os jogadores, mas isso vazou justo agora, né. Isso devasta nosso futebol. Isso é um mal para o futebol brasileiro. Está enraizado no futebol e nos atletas. Eles cobram isso", declarou.
O presidente do Conselho Deliberativo, Clauwerney Ferreira, justificou o afastamento da diretoria executiva sob a alegação de "gestão temerária". Mirian, por sua vez, ressaltou que a contabilidade do clube está digitalizada e negou irregularidades.
Ela também citou acordos financeiros e negociações de jogadores como exemplos do trabalho realizado. "Hoje é o último dia da janela de contratação. E o perigo de um ato, um ato temerário, que pode quebrar o clube, foi feito (sobre o afastamento da presidência). Hoje, fizemos acordos, 90% deles já foram pagos. Faltam apenas quitar R$ 35 mil. Se temos atletas que foram para a Série A, como Enzo para o Grêmio, e o Brayann foi para o Goiás, o time não foi tão desgraçado assim. O time não performou tão mal assim, né", disse.
Segundo a ex-presidente, a receita prevista para o CSA em 2026 é de R$ 8,8 milhões.
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