JUSTIÇA ELEITORAL
Alexandre de Moraes vai analisar pedido de Renan sobre troca de comando da PF em Alagoas
Senador apontou a suspeita de interferência do presidente da Câmara Arthur Lira na Superintendência
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, vai analisar o pedido protocolado ontem, 6, pelo MDB de Alagoas e pelo senador Renan Calheiros sobre a troca do comando da Superintendência da Polícia Federal no estado.
No documento, o senador apontou a suspeita de interferência do presidente da Câmara, Arthur Lira, sobre a atividade da Polícia Federal alagoana, comandada pela delegada Juliana de Sá Pereira, que assumiu o cargo em agosto.relacionadas_esquerda
O requerimento chegou ao TSE e foi analisado pelo relator, Sérgio Banhos, que encaminhou o processo a Moraes. Isso porque o caso envolve relações institucionais entre outros poderes da República.
“No dia 30 de setembro de 2022, sexta-feira, agentes da Polícia Federal, sem mandado de busca e sem qualquer causa provável, invadiram o Hotel Ritz Lagoa da Anta, ocasião em que abordaram de forma premeditada o Presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, candidato a Deputado Estadual pelo MDB, Marcelo Victor”, disse o pedido.
O documento ainda afirmou que a diligência ocorreu durante o dia, em um lugar de grande circulação de pessoas, e não constatou nenhuma ilicitude. Apesar disso, a PF teria divulgado nota à imprensa e vídeo da “abordagem ilegal”.
“Além de ser bizarra a alegação de que se estaria diligenciando para apurar suposta compra de votos em tal contexto fático, a situação gerou constrangimentos e prejuízos, principalmente ao parlamentar e candidato à reeleição pelo MDB, Marcelo Victor”, afirma o comunicado.
Com 51.259 eleitores à favor, Marcelo Victor foi reeleito como terceiro deputado estadual mais votado. O líder de votos, Alexandre Ayres, também é do MDB. Para a bancada federal, Lira foi o parlamentar mais votado.
Na solicitação há ainda pedido para que o Ministério Público Eleitoral e a Polícia Federal investiguem os crimes de suposta divulgação de fake news, denunciação caluniosa, abuso de autoridade, corrupção passiva, advocacia administrativa e violação do sigilo funcional supostamente praticados para interferir nas eleições deste ano.
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