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Planos de saúde empresariais podem subir até 25% acima da média global

A medida deve afetar cerca de 41 milhões de pessoas
Por Redação com agências 30/01/2024 - 15:23
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Divulgação
Inflação, sinistralidade e custos de saúde podem levar a reajuste de até 25%
Inflação, sinistralidade e custos de saúde podem levar a reajuste de até 25%

As operadoras de plano de saúde devem reajustar o preço em cerca de 25% em 2024, com a alegação de que os custos dos planos empresariais de saúde no Brasil superaram a média mundial. A medida deve afetar cerca de 41 milhões de pessoas. A informação é do site ICL Notícias.

Para quem já esqueceu, no ano passado a inflação médica superou em três vezes o IPCA (4,8%), considerada a inflação oficial do país. Segundo dados da consultoria AON, a média da inflação médica mundial ficou em 10,1%.

Os planos de saúde empresariais, no entanto, podem ser reajustados em até 25%. Já de acordo com informações do Uol, as operadoras levam também em consideração as fraudes, a utilização dos planos e o resultado financeiro do setor, que em 2023, teve déficit operacional de R$ 5,1 bilhões.

Os planos de saúde empresariais não são regulados pela ANS (Agência Nacional de Saúde), que determina o reajuste dos planos individuais e familiares. Como modo de escapar da regulação, muitas operadoras diminuíram a oferta de planos individuais e familiares.

De acordo com o estudo, nos últimos cinco anos, enquanto as mensalidades dos planos individuais cresceram 35,41% no acumulado do período, as de planos coletivos apresentaram valores bem maiores: coletivos empresariais, com 30 vidas ou mais, aumentaram 58,94%; coletivos por adesão, com 30 vidas ou mais, 67,68%; coletivos por adesão, com até 29 vidas, 74,33%; e coletivos empresariais, com até 29 vidas, 82,36%.

Atualmente, a oferta de planos a 10,8 milhões de trabalhadores já abocanha 14% da folha de pagamento só na indústria, o que, segundo a CNI, representa 11,7% da folha. No último ano, as operadoras de plano de saúde atingiram 50,9 milhões de clientes.


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