DIAGNÓSTICO

USP lança teste rápido de covid-19 pela saliva nesta terça-feira

Por R7 01/12/2020 - 07:11

ACESSIBILIDADE

Reuters
Inicialmente, teste estará disponível para São Paulo para 90 pessoas por dia
Inicialmente, teste estará disponível para São Paulo para 90 pessoas por dia

A Universidade de São Paulo oferece, a partir desta terça-feira (1), um teste rápido que identifica o coronavírus pela saliva. O teste foi criado pelo Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco do Instituto de Biociências, em parceria com o Instituto de Química.

Segundo informações da Agência Estado, o teste RT-Lamp detecta casos de covid-19 em até 24 horas. Na fase inicial, ele estará disponível apenas na capital paulista para 90 pessoas por dia, entre atendimentos presenciais e remotos.


O teste simplifica o método de coleta e análise. É possível até solicitar o kit de coleta para fazer o exame em casa. O próprio paciente recolhe a saliva em um tubo de ensaio no sistema de autocoleta. Os resultados são enviados por e-mail.

Indolor e não invasivo, o teste dispensa o uso de swabs, aquela espécie de cotonete que recolhe amostras de nasofaringe. Isso também significa menor risco de infecção, pois não há necessidade da atuação de um profissional de saúde. Tão preciso e sensível quanto o RT-PCR, referência na detecção de casos ativos do novo coronavírus, o teste pela saliva é mais barato. A coleta presencial custa R$ 90 enquanto o PCR oscila entre R$ 350 e R$ 400.

O teste da saliva e o PCR são diferentes dos chamados "testes rápidos", aqueles que pretendem detectar anticorpos contra o novo coronavírus em cerca de 20 minutos e são normalmente vendidos nas farmácias. Eles não servem para diagnosticar a covid-19 nem para definir casos assintomáticos. Eles identificam apenas se a pessoa possui anticorpos sem definir em que momento ela foi infectada. Além disso, nem todos os testes rápidos foram avaliados tecnicamente, o que pode contribuir para o aumento dos chamados falso negativos ou positivos.

Os pesquisadores alertam que as cargas do novo coronavírus são maiores do 2º ao 7º dia após o contágio, o que aumenta o risco de transmissão. Isso reforça a necessidade de realização de testes logo após a possível contaminação, assim que os primeiros sintomas forem percebidos.


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