COVID-19

Alagoas tem a segunda menor taxa de transmissão do Nordeste

Taxa no estado é de 0,92 e está ligeiramente menor do que a taxa nacional, que é 0,93
Por Adja Alvorável / Estagiária sob supervisão 23/11/2021 - 18:05
Atualização: 23/11/2021 - 19:09

ACESSIBILIDADE

Carla Cleto
Uso de máscara ao sair continua sendo essencial para redução da taxa
Uso de máscara ao sair continua sendo essencial para redução da taxa

A taxa de transmissibilidade (representada pela sigla Rt) do novo coronavírus em Alagoas é de 0,92, sendo a segunda menor do Nordeste, de acordo com uma análise desenvolvida em conjunto pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/Rio) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo. O estado fica atrás apenas de Pernambuco, que está com 0,87.

O estudo foi divulgado pela plataforma Covid-19 Analytics, ferramenta desenvolvida pelas universidades envolvidas no projeto que calcula também a taxa Rt de todos os estados do Brasil, além da média nacional, que é de 0,93.

Segundo explicado pelo superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Herbert Charles Barros, quando a taxa é igual a 1, significa que 100 pessoas infectam outras 100 pessoas. A taxa de 0,92 quer dizer que 100 pessoas infectam outras 92. Portanto, o ideal é que esse valor se mantenha abaixo de 1 para a contenção do surto. 

No início da pandemia em 2020, esse número já chegou 3,47 em Alagoas. Isso significa que 100 pessoas infectadas transmitiam o vírus para outras 347 pessoas.

Herbert destaca que a taxa de transmissão do vírus depende de alguns fatores, incluindo os protocolos sanitários como o uso de máscara e o distanciamento social. Para que a taxa de transmissão do vírus continue abaixo de 1, é preciso que a população permaneça atenta aos cuidados no combate à covid-19, inclusive para evitar a proliferação de novas variantes. Assim, seguem sendo essenciais cuidados como usar máscara ao sair de casa respeitar o distanciamento social, higienizar as mãos com frequência e procurar atendimento médico se tiver febre, tosse e/ou dificuldade para respirar.

 

Liberação do uso de máscara


A discussão sobre a flexibilização do uso de máscaras em locais abertos de Alagoas está travada na Assembleia Legislativa (ALE). No início do mês de novembro, o deputado estadual Cabo Bebeto (PTC) apresentou um projeto de lei que torna facultativo o uso de máscara em ambientes públicos não confinados no Estado, mas a proposta está emperrada. Durante o feriado do dia 15, o governador Renan Filho havia anunciado que esta e outras restrições seriam extintas ainda naquela semana.

Atualmente, vigora a lei que torna a proteção obrigatória em todo o Estado. Para que a liberação seja efetivada, será necessária uma lei estadual. Portanto, Renan Filho deve enviar uma proposta ao Legislativo com esta finalidade.

O deputado estadual Léo Loureiro (Progressistas), presidente da Comissão de Saúde e Seguridade Social da ALE, estabelece como critério a orientação do Ministério da Saúde (MS), responsável por nortear os Estados e Municípios no combate ao coronavírus. 

Segundo o consórcio de veículos de imprensa, 68,98% dos alagoanos já receberam a primeira dose (D1) e 50,68% tomaram a segunda dose (D2) ou dose única (DU).


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