PANDEMIA

Alagoas entra para lista de estados com alta incidência de Covid-19

Estado registrou hoje 2 óbitos pela doença, 202 casos confirmados e 1.357 aguardando confirmação.
Por Tamara Albuquerque com ITpS 27/12/2022 - 14:47

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Secom Alagoas
Paciente com covid-19 fazendo fisioterapia
Paciente com covid-19 fazendo fisioterapia

Quase metade dos municípios brasileiros registrou, na semana passada, alta incidência de Covid-19, segundo análise divulgada na sexta-feira (23) pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados do Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, 2.552 cidades (de um total de 5.297 que enviaram os dados) tiveram mais de 100 casos da doença por 100 mil habitantes, o que caracteriza a alta incidência. “Nesses municípios, vivem 47% da população brasileira, e seus moradores estão expostos a elevados níveis de transmissão viral”, destacou o Instituto Todos pela Saúde. 

Alagoas entrou para a estatística de alta incidência de casos no período de 9 a 17 deste mês. Antes disso, o estado aparecia com incidência moderada. Nesta terça-feira, 27, o boletim epidemiológico da Sesau registrou 2 óbitos pela doença, 202 casos confirmados e 1.357 aguardando confirmação.

Outro levantamento, este feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado na quinta-feira, mostrou que há tendência de aumento de hospitalizações por Covid-19 no País. De acordo com especialistas, as duas análises acendem o alerta para aumento da transmissão durante as festas de fim de ano e possível sobrecarga dos serviços de saúde em janeiro.

A análise do ITpS mostra que 21 das 27 unidades da federação apresentam alta incidência — somente São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí estão fora desse grupo. As maiores taxas foram registradas no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, todos com registros superiores a 300 casos por 100 mil habitantes na última semana.

O instituto também analisa dados de redes de laboratórios, que mostram que as taxas de positividades dos exames seguem altas — acima de 30% desde o início de novembro.

Para o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS, as pessoas devem manter cuidados durantes as celebrações de fim de ano, embora o cenário epidemiológico atual seja menos ameaçador do que o dos dois primeiros anos da pandemia.

“A situação não é tão confortável assim. A doença está presente e o vírus continua circulando. A grande preocupação é com as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal com as quatro doses. Elas devem buscar a vacina o mais rápido possível. São essas pessoas que estão ficando mais graves quando infectadas”, afirma o especialista.



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