Reprodução/Redes sociais
Tiago Leifert diz que torcedora do Palmeiras morta ‘assumiu risco’ por ser de torcida organizada
Tiago Leifert se deu uma declaração, na tarde desta segunda-feira, 10, sobre a morte de Gabriela Anelli, torcedora do Palmeiras de 23 anos atingida no pescoço por estilhaços de uma garrafa antes da partida com o Flamengo, no sábado, no Allianz Parque. O apresentador afirmou que a palmeirense “assumiu o risco” por ser membro de uma torcida organizada.
Ao lamentar o caso, o apresentador disse que a torcedora foi atingida durante um confronto entre palmeirenses e flamenguistas na Rua Palestra Itália. Entretanto, a briga à qual ele se refere, segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), na verdade aconteceu na Rua Caraíbas, durante a partida. A torcedora foi atingida antes de a bola rolar.
O apresentador reconheceu o erro e publicou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas pela desinformação. No entanto, Leifert afirmou que pelo fato de Gabriela ser membro de uma torcida uniformizada, ela “assumiu um risco”. Ele citou também a necessidade de um debate sobre o papel das uniformizadas no país.
“Cometi um erro baseado nos relatos de Polícia Militar e imprensa, mas a gente já tem mais detalhes sobre o que aconteceu. Eu tinha dito que a torcedora que foi assassinada estava no confronto do portão A, mas ela estava próxima ao portão B, o visitante. Então peço desculpas”, disse.
“Porém, a gente precisa conversar sobre o que está acontecendo nos estádios. Eu não estava espalhando fake news. Ela era de uma organizada. Não muda o fato, mesmo se ela estivesse no portão B provocando. Mas, hoje, quem é de torcida organizada assume um risco. Todas as tragédias que acontecem são de organizada e é isso que precisa ser discutido. Por que as organizadas estão por aí e, em um dia como hoje, meu erro de informação é tão mais importante do que um confronto de organizada. Estou há semanas dizendo que alguém vai morrer e esse problema ninguém discute”, completou.
A morte de Gabriela Anelli foi confirmada na manhã desta segunda-feira. Ela estava internada desde sábado em estado grave no Hospital Santa Casa, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com informações da SSP, havia uma divisão de metal separando as torcidas do Palmeiras e do Flamengo na rua Padre Antonio Tomas. Os flamenguistas jogaram garrafas e pedras por cima dessa proteção, foi nesse local que Gabriela foi atingida. Uma outra briga entre palmeirenses e flamenguistas, na Rua Caraíbas, foi contida com a ação da Polícia Militar, que usou bombas de efeito moral e gás de pimenta.
O suspeito de cometer o crime foi identificado como Leonardo Felipe Xavier Santiago, de 26 anos, segundo a Polícia Civil. Ele disse ser membro de uma organizada do Flamengo, mas que teria ido ver o jogo sozinho. A Polícia Civil informou que o suspeito teve o flagrante convertido em prisão preventiva pela Justiça e vai responder por homicídio doloso consumado.
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