PENA DE MORTE

Malásia confirma pena de morte para 3 irmãos mexicanos

Por 23/04/2015 - 10:38

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O Tribunal Federal da Malásia confirmou nesta quinta-feira a pena capital para três irmãos mexicanos, que esgotaram todas as vias legais para evitar a condenação por tráfico internacional de drogas. Presos há sete anos, os irmãos serão enforcados. Os mexicanos Luis Alfonso, Simón e José Regino González Villarreal escutaram a sentença no tribunal de Purtrajaya, acompanhados por alguns familiares e o embaixador mexicano no país, Carlos Félix. A Justiça malaia ainda não marcou a data para a execução dos condenados, mas, como não há mais recursos possíveis, o enforcamento deve acontecer em semanas.

Os cinco juízes do tribunal desprezaram os argumentos da defesa, que apontou inconsistências nas provas apresentadas pela promotoria e uma possível manipulação da droga apreendida. Vestidos com roupas brancas com mangas vermelhas, o uniforme dos presidiários na Malásia, os réus condenados à morte chegaram ao tribunal algemados e escoltados por dez agentes.

Além de Luis (47 anos), Simón (39) e José Regino (37), se sentaram no banco dos réus o cingalês Lim Hung Wa e o malaio Lee Boon Sid, que também tiveram a pena capital confirmada pelos juízes. Os cinco presos foram detidos no dia 4 de março de 2008 em uma operação realizada pela polícia na cidade de Johor Bahru.

Os agentes da brigada antinarcóticos apreenderam 29 quilos de metanfetamina, droga avaliada em 15 milhões (45 milhões de reais), apesar de um terço da substância ter desaparecido quando estava sob custódia policial. Em 17 de maio de 2012, Mohammed Zawawi Saleh, do Tribunal Superior da Malásia, conhecido pelo apelido de "juiz corda", considerou o grupo culpado, condenando-os à morte na forca.

A defesa recorreu ao Tribunal de Apelações, que ratificou a pena capital em agosto de 2013. Como último recurso, os três mexicanos ainda podem solicitar o perdão real para evitar a forca. Mas, historicamente, o rei Abdul Halim confirma as decisões judiciais e não concede perdão aos condenados à pena de morte.

 

Fonte: Veja


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