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Filiação de Bolsonaro põe em xeque aliança entre MDB e PL em Alagoas

Secretário Maurício Quintella, do PL, chamou presidente de genocida algumas vezes
Por Redação com Estadão Conteúdo 09/11/2021 - 15:04
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Divulgação
O ex-ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa (PL)
O ex-ministro dos Transportes, Maurício Quintela Lessa (PL)

Com a decisão do presidente Jair Bolsonaro de se filiar ao PL anunciada ontem, 8, pelo próprio chefe do Executivo, integrantes do partido condicionam a permanência na legenda a uma autonomia para manter alianças regionais, incluindo em Alagoas.

Em Alagoas, o PL compõe o governo estadual com o ex-ministro dos Transportes e ex-deputado Maurício Quintella, que é secretário de Infraestrutura de Renan Filho (MDB-AL). O governador é filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ex-presidente do Senado e relator da CPI da Covid.

Renan elaborou parecer recomendando o indiciamento de Bolsonaro por crimes cometidos durante a pandemia e, mais de uma vez, classificou o presidente como "genocida".

O adjetivo também é usado pelo político do PL de Alagoas. No dia 10 de agosto, quando houve um desfile de blindados na Esplanada dos Ministérios no dia da votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso, Quintella pediu "fora, Bolsonaro" e o chamou de genocida.

Agora colega de partido do presidente, no dia 29 de maio, durante protestos que pediam o impeachment de Bolsonaro, Quintella postou uma foto vestindo uma camisa estampada de "Fora Bolsonaro".

Vale ressaltar que desde novembro de 2019, Bolsonaro está sem partido. Após ter brigado com o comando do PSL, ele tentou fundar o Aliança pelo Brasil, mas não conseguiu as assinaturas necessárias para formalizar a sigla no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Logo depois de tentar fundar o partido, tentou, então, entrar em vários outras siglas, como Republicanos, PRTB e Patriota, mas enfrentou uma série de obstáculos porque sempre apresentava a exigência de ter influência sobre os diretórios e as verbas das legendas.

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