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'Peço desculpas a Dilma Rousseff', diz Tony Garcia, que denunciou "festa da cueca"
Empresário falou sobre a atuação no impeachment, em 2016, ao lado de Eduardo Cunha e nomes de peso do PSDB.jpg)
Em entrevista à TV 247. o emprerário Tony Garcia pediu desculpas à ex-presidente Dilma Rousseff por ter atuado no impeachment, em 2016, junto com Eduardo Cunha e caciques do PSDB. Na época, aliados de Dilma e boa parte da população brasileira classificaram a decisão do Congresso como golpe.
Tony Garcia teria participado do acordo para que Cunha apresentasse o impeachment, mas fosse salvo no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados – o que não ocorreu porque o deputado Valdir Rossoni teria pedido R$ 5 milhões para blindar Cunha. Com a divulgação da entrevista, Zeca Dirceu, líder do PT na Câmara, escreveu em sua conta do Twitter que "Moro precisa ser amplamente investigado, julgado e punido por todos crimes cometidos, só a cassação é pouco".
Ainda conforme declarações do empresário Tony Garcia, ele teria sido coagido pelo ex-juiz a mentir em entrevista para a revista VejaTony Garcia pede desculpas a Dilma por ter atuado no golpe de 2016 junto com Eduardo Cunha e caciques do PSDB Empresário participou do acordo para que Cunha apresentasse o impeachment, mas fosse salvo %u2013 o que não aconteceu por que um deputado (Valdir Rossoni) teria pedido R$ 5 milhões.
Na entrevista, Tony Garcia afirma que o ex-juiz e hoje senador Sérgio Moro agia como um agente infiltrado para grampear autoridades sem autorização judicial. O empresário também falou sobre sua atuação no impeachment de 2016 contra a ex-presidente Dilma Rousseff.Conforme o empresário, em dezembro de 2015, ele agiu ao lado do amigo Eduardo Cunha, então presidente da Câmara dos Deputados, para que fosse construído um acordo com lideranças do PSDB, incluindo nomes como Aécio Neves e Carlos Sampaio, para que o pedido de impeachment fosse aceito, o que ocorreu no dia 2 de dezembro de 2015.
Conforme Tony Garcia, o acordo previa que, duas semanas depois, o PSDB blindaria Cunha na votação do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Mas nem tudo saiu como planejado. Garcia revelou que, parte fundamental da trama, o então deputado paranaense Valdir Rossoni, desisitiu por não receber R$ 5 milhões para votar a favor de Cunha no Conselho de Ética. E o processo contra o ex-deputado acabou aberto: "Peço desculpas à ex-presidente Dilma Rousseff", diz Tony Garcia, ao dizer que devia a verdade à sua família.
Festa da cueca
O delator Tony Garcia afirmou que desembargadores do Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF4-RS) foram chantageados depois de participar de uma 'festa da cueca' com garotas de programa em Curitiba (PR). No TRF4 são julgadas ações da segunda instância."Teve até uma festa que chamaram de festa da cueca, feita com desembargadores em Curitiba, na suíte presidencial. Teve essa festa da cueca, tinha um monte de desembargador, mandaram prostitutas pro hotel", disse Garcia ao jornalista do 247 Joaquim de Carvalho.
O delator já havia dito que, a mando de Moro, gravou de forma ilegal o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) em 2018. Garcia afirmou que Moro transformou "Curitiba na Guantánamo brasileira". Disse que o senador chantageou a rede Walmart."Jamais tinha passado por uma coisa tão fora da lei. Queriam criminalizar a política. Falavam que políticos eram bandidos. Criminaliza políticos, tribunais superiores, jornalistas e advogados. Deltan, Carlos Fernando, Moro.
O que eles botavam na minha boca... para buscar coisas contra o PT, para tirar o Lula da eleição", continuou."Fui instado a procurar coisas contra o PT através do Eduardo Cunha, que era meu amigo. Uma perseguição clara (contra o PT). Grande parte do estou falando, eu falei pra Gabriela Hardt. Eu denunciei, e nada acontece. Ela engavetou. O Brasil tem que passar isso a limpo. Eles (senadores) tinham de fazer uma CPI da Lava Jato", acrescentou.
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