FAMÍLIA COLLOR SE RECUSA
STJ decide que pai de Collor deve ser exumado para teste de DNA
Homem diz que sua mãe teve relacionamento com Arnon de Mello.png)
A 3ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) rejeitou um recurso apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello que buscava impedir a exumação dos restos mortais de seu pai, Arnon de Mello, para a realização de um exame de DNA. A votação foi unânime. As informações são da coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.
O suposto filho de Arnon de Mello sustenta que sua mãe, que era telefonista na empresa Telebrasilia, teria tido um relacionamento com o senador em 1974. Segundo ele, esse romance teria levado à sua concepção. Desde 2006, ele vem pleiteando legalmente o direito de realizar um teste de DNA.
Descontente com essa decisão, a equipe de advogados que representa o ex-presidente apresentou recursos de embargos de declaração perante o tribunal superior. Nesses recursos, que são utilizados para corrigir omissão, contradição ou obscuridade de decisões judiciais, eles argumentaram que a integridade do corpo, a privacidade e a dignidade de Arnon de Mello, mesmo após sua morte, deveriam ser preservadas.
O ministro do STJ Mauro Ribeiro, que é o relator do caso, rejeitou a contestação e reafirmou a posição de que o indivíduo que alega ser o filho tem o direito de buscar a confirmação de sua filiação por meio de "todos os meios legais e moralmente legítimos", conforme já foi decidido anteriormente pelo tribunal.
Procurado, o advogado Hugo Veloso, que representa Collor, disse que não pode entrar em detalhes sobre o processo por causa de sua tramitação em segredo de Justiça. A apresentação de uma contestação junto ao STF (Supremo Tribunal Federal) ainda será avaliada pela defesa.
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