O Progressistas (PP) e o União Brasil avançam nas negociações para formar uma federação partidária, que poderá resultar no maior bloco da Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares. No Senado, a federação contará com 13 senadores.

O presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), sugeriu que a nova aliança seja batizada de União Progressista. A federação terá uma presidência de honra, alternada entre os dois partidos a cada seis meses. O ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), será indicado pelo PP para assumir a presidência inicial do bloco.

A liderança da federação também será rotativa e, no primeiro momento, ficará entre os deputados Luizinho (PP-RJ) e Pedro Lucas (União-MA). O Progressistas aprovou a federação por unanimidade nesta terça-feira, 18, enquanto o União Brasil deve deliberar internamente até sexta-feira, 21. 

A aliança fortalecerá a centro-direita e pode significar o afastamento definitivo das duas legendas do governo Lula. Embora ambos os partidos ocupem ministérios e cargos na atual gestão, a federação não deve apoiar o presidente na disputa eleitoral de 2026.

As federações partidárias permitem que legendas atuem de forma unificada em todo o país e mantenham essa configuração por pelo menos quatro anos, garantindo coesão nas eleições e nas votações legislativas.