As contas de luz dos brasileiros podem aumentar até 3,5% até 2050 após a derrubada de vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a trechos do novo Marco Regulatório da Energia Offshore. A decisão foi tomada em sessão conjunta do Congresso Nacional na terça-feira, 17.

Entre os itens vetados estava a contratação obrigatória de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), mesmo sem demanda. Segundo a Associação Brasileira dos Grandes Consumidores de Energia (Abrasce), os dispositivos podem gerar um impacto de R$ 197 bilhões nas tarifas até o fim do período.

Dos sete deputados federais de Alagoas, cinco votaram a favor da derrubada do veto, ou seja, a favor da medida que pode elevar as contas de luz, e dois pela manutenção. Já os dois senadores presentes votaram pela derrubada do veto.

A votação escancarou divisões internas nas bancadas, inclusive dentro da base governista, com parlamentares do PT, MDB e PSD votando por derrubar os vetos do próprio governo. A principal crítica dos opositores da derrubada é que os dispositivos aprovados geram custos bilionários sem necessidade de demanda energética real, transferindo a conta para os consumidores brasileiros.

Veja como senadores e deputados federais de Alagoas votaram:

Senadores de Alagoas

Votaram pela derrubada do veto:

- Renan Calheiros (MDB)

- Fernando Farias (MDB)

Votaram pela manutenção do veto:

Ninguém.

Deputados federais de Alagoas

Votaram pela derrubada do veto:

- Luciano Amaral (PSD)

- Isnaldo Bulhões Jr. (MDB) 

- Paulão (PT) 

- Rafael Brito (MDB)

Votaram pela manutenção do veto:

- Alfredo Gaspar (União Brasil)

- Marx Beltrão (PP)