Faxina em Rio Largo

A decisão do prefeito de Rio Largo, Pedro Carlos da Silva Neto, de demitir o ex-prefeito Gilberto Gonçalves (GG) de sua equipe de governo terá continuidade com ações judiciais contra todos os que armaram o frustrado golpe para derrubar o prefeito eleito pelo povo.
faxina ética se completará com a exoneração dos servidores que participaram da trama golpista liderada pelo ex-prefeito GG em conluio com o presidente da Câmara, vereador José Rogério da Silva.
As medidas moralizadoras postas em prática em Rio Largo devem servir de exemplo para outros prefeitos eleitos com o apoio de seus antecessores que teimam em não largar o poder por acharem que o mandato lhes pertence.
A ação deletéria desses ex-prefeitos vem ocorrendo não só em Rio Largo, mas em outros municípios de Alagoas, em prejuízo dos novos gestores e, sobretudo, das populações locais.
No caso de Rio Largo, Pedro Carlos livrou-se da presença maléfica do ex-prefeito Gilberto Gonçalves, mas terá que conviver com uma Câmara de Vereadores golpista, sem qualquer compromisso com a população.
Dos 13 vereadores da cidade, poucos são ficha-limpa e a maioria tem contas a prestar à Justiça por atos de improbidade e até homicídio. Não é um caso isolado, mas o retrato do que ocorre na maioria das 102 câmaras municipais do estado.
A briga pela Prefeitura de Rio Largo é resultado dos desmandos praticados por políticos sem escrúpulos que se perpetuaram no poder ao longo dos últimos 40 anos. Em várias cidades o poder é exercido de forma feudal e as prefeituras são transformadas em extensão da fazenda dos prefeitos de plantão.
A situação se agrava na medida em que aumenta a população pobre, que depende cada vez mais do poder local para sobreviver. Nesse ambiente proliferam os políticos sem escrúpulos que usam as prefeituras como currais eleitorais a serviço de seus interesses.