Sururu

Nem Renan, nem JHC

02/06/2025 - 08:55
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Marcelo Camargo/Agência Brasil e Prefeitura de Maceió
Renan Filho e JHC
Renan Filho e JHC

O ministro Renan Filho e o prefeito de Maceió, principais líderes de Alagoas, são os nomes mais cotados para o governo do Estado nas eleições do próximo ano. No entanto, dado a circunstâncias políticas que mais os unem do que os afastam, a dupla pode não disputar a sucessão de Paulo Dantas no pleito de 2026. 

A consolidação desse cenário depende do resultado das articulações políticas entre os dois grupos que se desenrolam nos bastidores, bem longe dos olhos e ouvidos do eleitorado. O plano é convencer JHC a se juntar ao grupo dos Calheiros para dividir o poder em Alagoas, tirar Arthur Lira da disputa ao Senado e garantir a reeleição de Renan Calheiros. 

Para JHC a disputa ao governo embute o risco de uma derrota nas urnas e o fim precoce de seu projeto político. Já uma vitória ao Senado o consolida como liderança em ascensão, podendo disputar o Governo de Alagoas em 2030 com chances de vitória. “É pegar, ou largar”, diria um aliado dos Calheiros. 

Firmada a aliança, Renan Filho desistiria da disputa ao governo e JHC concorreria à segunda vaga de senador, sucedendo a mãe, Dra. Eudócia. Nessa circunstância, o MDB comandaria a sucessão estadual em conjunto com a Assembleia Legislativa nos moldes que levaram à vitória de Paulo Dantas na eleição de 2022. Muda tudo para ficar como está. 

E por que Renan Filho, tido como candidato imbatível, abriria mão de governar Alagoas pela terceira vez? A dúvida remete ao terceiro mandato do governador Divaldo Suruagy, que entrou pela porta da frente e foi obrigado a sair pelos fundos do palácio sob forte pressão da crise que se abateu sobre as finanças do Estado. 6- Se vivo fosse, Suruagy aconselharia Renan Filho: “Pensa bem, você poderá ser eu amanhã”.


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