Conteúdo do impresso Edição 1313

JOGO DO PODER

Herdeiro político de Collor, sobrinho busca espaço em 2026

Fernando Lyra Collor é sucesso como empresário, mas um fracasso nas urnas
Por Odilon Rios 05/05/2025 - 06:00
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Reprodução
Fernando, Thereza e Collor antes de ato eleitoral em Maceió
Fernando, Thereza e Collor antes de ato eleitoral em Maceió

A condenação do ex-senador Fernando Collor apressa a família a manter em evidência o sobrinho Fernando Lyra Collor para as eleições do próximo ano. Ele já é tratado como herdeiro político-eleitoral, ainda que nas últimas eleições – ele disputou uma vaga na Câmara de Vereadores de Maceió – tenha obtido menos de 600 votos.

É pouco para quem teve o tio e a mãe Thereza Collor diretamente engajados e juntos na campanha. Filho de Pedro Collor, Fernando, assim como o pai e o tio, é empresário, porém diferente da família, comanda outros negócios fora da área de comunicação, incluindo a Lyra & Lisboa Empreendimentos Educacionais LTDA, que tenta se firmar no próspero mercado de ensino superior.

Thereza também não está na área de comunicação, mas se dedica ao mercado imobiliário na fatia empreendimentos de luxo. Tem um deles no Litoral Sul alagoano e, por causa da fama alcançada desde o impeachment de Collor, também impulsionada no tempo em que comandou a Secretaria Estadual de Turismo no governo de Manoel Gomes de Barros, é uma mistura entre garota-propaganda da arte e empresária considerada de sucesso.

Mãe e filho se mantêm distantes da crise que abala a Organização Arnon de Mello, em recuperação judicial e envolvida em uma briga judicial pela retransmissão do sinal da Rede Globo em Alagoas. Motivo é que, como sócios, correm risco de terem bens penhorados por dívidas também trabalhistas das empresas.

“Eu tenho um carinho enorme pela história e pelo legado que meu pai ajudou a construir lá. Com uma boa gestão e foco, acredito que a Gazeta pode superar esses desafios e continuar a ser uma força importante na mídia local”, disse Fernando ainda durante a campanha do ano passado.

Desde 1975, a TV Gazeta e a Globo são parceiras. Porém, desde que o ex-senador virou réu em processo da Operação Lava Jato que a emissora carioca manifestou publicamente o desinteresse em seguir o contrato, que deveria ter sido rompido no final de 2023. Porém, a TV Gazeta foi para a Justiça e até hoje a parceria segue. Enquanto isso, a TV Asa Branca, de Caruaru (Pernambuco), opera em Alagoas, retransmite o Canal Futura e aguarda assumir as operações.



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