Conteúdo do impresso Edição 1316

BAIRROS DESTRUÍDOS

Casal negocia Parque Municipal de Maceió com a Braskem

Estatal cobra indenização por desastre ambiental; em troca, mineradora será dona da área
Por Odilon Rios 24/05/2025 - 06:00
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Divulgação
Casal entrou com ação para retomar controle do Parque, hoje com a Prefeitura
Casal entrou com ação para retomar controle do Parque, hoje com a Prefeitura

A Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) busca indenização da Braskem para duas das quatro áreas que formam o Parque Municipal de Maceió. A negociação acontece nos mesmos moldes do sistema de abastecimento de água Catolé-Cardoso, revelado pelo EXTRA: a empresa pagou R$ 108,9 milhões à estatal. Em troca, entregou o imóvel para a mineradora.

Ainda não há valores para os dois terrenos do parque. Porém, em breve, a área como conhecemos hoje deixará de existir. O local usado para práticas recreativas, educacionais e pesquisa científica virará propriedade da Braskem.

A justificativa da Casal para buscar a indenização é que estas áreas, localizadas em Bebedouro, foram atingidas pela extração indiscriminada de sal-gema, levando ao afundamento do solo. Levantamento da Gepat, a Gerência de Patrimônio da companhia, mostra que o bairro tem 22 imóveis pertencentes à estatal do saneamento, incluindo áreas invadidas ao longo de décadas.

A gerência conseguiu as escrituras da estação do tratamento Cardoso – já negociada com a Braskem –, do poço localizado na Ladeira do Calmon, do Sítio Santo Antônio e dois terrenos, os três na Marques de Abrantes, um terreno no Cardoso e das duas áreas que integram o Parque Municipal.



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