FATALIDADE
HU nega que morte de trigêmeos foi causada por negligência
A direção do Hospital Universitário (HU) negou que a morte dos trigêmeos nascidos no dia 13 deste mês tenha sido causada por negligência. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 21.
A família da adolescente, de 16 anos, que deu à luz aos meninos, denunciou o hospital por falta de leitos. Isso porque apesar dos bebês terem nascido na terça-feira, 13, só foram internados um dia depois.
De acordo com o gerente da instituição, Manoel Álvaro, a morte dos bebes foi uma fatalidade e teria sido ocasionada devido à prematuridade das crianças.
“Demos todas as assistências necessárias à mãe e aos bebes, porém, eles só se desenvolveram durante seis meses e não conseguiram resistir ao longo dos dias”, disse ele.
Segundo a diretora do HU, Regina Maria dos Santos, embora o problema de superlotação seja algo frequente, o hospital se empenha em buscar oferecer o melhor atendimento, junto a parcerias com outras instituições, como a Santa Monica.
“Não é a primeira vez que problemas de superlotação acontece no hospital e isso não depende da nossa vontade”, diz a diretora. “Sempre haverá riscos enquanto o número de leitos do estado for pequeno”, complementa.
Para os diretores do HU, a expectativa é que a situação melhore após a ação do Ministério Público Federal e Estadual no último dia 16 pedindo a abertura de 11 leitos de UTI neonatal e 15 leitos de UCI neonatal na Nova Santa Mônica, gerida pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal).
Hoje, o Hospital Universitário conta com 11 prematuros na UTI e 12 em atendimento imediato. Estão internadas 51 mães para realização de parto, 24 consideradas de alto risco. “Estamos em nosso limite”, conclui a diretora.
Mortes
A morte do primeiro trigêmeo foi na segunda-feira, 15, e o segundo faleceu no domingo, 18. O terceiro não resistiu e morreu nesta terça-feira, 20.