BAIRROS AFUNDANDO

Estudo aponta perdas de R$ 35,8 bi provocadas pela Braskem em Maceió

Se instalada, a CPI da Braskem pode levar em consideração balanço recém-concluído
Por Com Valor 02/10/2023 - 08:00
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Afrânio Bastos
Bairros foram destruídos pela mineração
Bairros foram destruídos pela mineração

O Estado de Alagoas revelou um estudo que estima em R$ 35,8 bilhões os danos causados pela mineração de sal-gema da Braskem em Maceió. Este valor será considerado para possíveis indenizações futuras, levando em conta as consequências do afundamento do solo em cinco bairros da cidade. 

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Braskem pode ser estabelecida, tendo este estudo como referência. Já foi registrado que mais de 17 mil propriedades foram evacuadas por conta deste incidente geológico. O Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) em 2019 associou o problema à extração de sal-gema da empresa.

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) salientou a necessidade da CPI se a Braskem continuar recusando-se a indenizar todos os prejudicados. Apesar de um acordo prévio de R$ 1,7 bilhão entre Maceió e a Braskem, Calheiros aponta que outros locais também sofreram danos significativos. Uma reunião entre a Braskem e representantes do governo está agendada.

Alagoas também tem uma ação civil contra a Braskem buscando compensações além das já propostas pela empresa. A petroquímica, até a data atual, já pagou R$ 8,2 bilhões relacionados ao incidente e tem mais R$ 6 bilhões reservados, totalizando mais de R$ 14 bilhões. O objetivo da CPI, segundo o senador, é investigar como esses fundos foram utilizados pela Braskem.

Com a venda em andamento da Braskem, tanto Calheiros quanto o governo de Alagoas solicitaram ao Tribunal de Contas da União (TCU) que o processo seja pausado até que todas as compensações sejam garantidas. 

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