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INVESTIGAÇÃO
Adriano Farias: o que se sabe sobre caso do blogueiro morto a tiros em AL
Polícia Civil investiga o crime, que pode ter motivação políticaACESSIBILIDADE
O blogueiro Adriano de Farias Firmino Silva, de 33 anos, foi morto a tiros na terça-feira, 18, dentro de um carro em Junqueiro, interior de Alagoas. A Polícia Civil investiga o crime, que pode ter motivação política. Adriano deixa um filha de oito anos.
Veja abaixo o que se sabe sobre o crime:
Quando e onde o Adriano morreu?
Adriano foi morto a tiros dentro do próprio carro no povoado Retiro, localizado na zona rural de Junqueiro, no interior de Alagoas, na terça-feira, 18. Os disparos começaram em frente à casa de Adriano, na Rua João José Pereira. Na tentativa de fuga, Adriano ainda movimentou o veículo por cerca de 50 metros, mas morreu no local ao ser baleado na cabeça.
Quem são os suspeitos do crime?
Segundo testemunhas, o blogueiro estava no banco do motorista quando os criminosos se aproximaram e efetuaram os disparos. Até o momento, não há informações sobre suspeitos.
Qual foi a motivação do crime?
Uma das linhas de investigações é de que crime tenha motivação política. Isso porque, segundo testemunhas, Adriano escrevia sobre política na internet. Durante sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) na terça-feira, 18, o deputado estadual Fernando Pereira (PP) cobrou do governo de Alagoas uma apuração especial sobre o crime e afirmou que a vítima tinha como "único desafeto a atual gestão do município de Junqueiro". O prefeito de Junqueiro, Leandro Silva, usou as redes sociais para negar os boatos que associam o crime à gestão dele. Ele chegou a falar que o blogueiro não era seu amigo e nem inimigo. Segundo Leandro, adversários políticos estariam querendo transformar a morte de Adriano em fato político.
O que diz a perícia feita no local do crime?
O Instituto de Criminalística de Arapiraca informou que a arma utilizada para matar Adriano foi uma pistola calibre 9mm. Os policiais científicos coletaram dois estojos de munição da arma de fogo, que estavam a cerca de 10 metros do carro da vítima. A perícia apontou que a porta do carro da vítima foi atingida por 11 disparos de arma de fogo. Desse total, quatro atingiram a região da cabeça de Adriano. Os projéteis que possam ser retirados do corpo da vítima ficarão acautelados na Polícia Científica para exame de balística forense quando uma arma suspeita for apreendida. Após a perícia no local, o corpo de Adriano foi encaminhado para o IML de Arapiraca, onde foi necropsiado e liberado para sepultamento no final da manhã desta quarta-feira, 19.
Quais são os próximos passos da investigação?
A Polícia Civil de Alagoas formou uma comissão com cinco delegados para investigar o assassinato de Adriano. Em entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 19, as autoridades policiais não deram detalhes sobre a investigação sob a justificativa de não atrapalhar o andamento da apuração. Os laudos periciais de local e cadavérico, quando prontos, serão encaminhados para a comissão de delegados.
