ADIAMENTO
Decisão sobre prisão domiciliar para Maluf pode levar dez dias
O juiz Bruno Macacari, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, adiou a decisão sobre o pedido de prisão domiciliar feito pelo deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) até que médicos do IML (Instituto de Medicina Legal) respondam a novas questões elaboradas pela defesa. Em despacho nesta quarta (27), o juiz deu prazo de dez dias para as respostas.
"Considerando que a) a decisão definitiva acerca do pedido de prisão domiciliar depende do pleno esclarecimento dos pontos levantados pela defesa [...]; b) que nada indica que o sentenciado esteja sob risco de saúde ou submetido a tratamento degradante, mas sim, que, ao reverso, vem recebendo todos os cuidados de que necessita, inclusive no que se refere à sua locomoção; e, c) que os profissionais do IML estão em regime de plantão, o que inviabiliza a resposta imediata aos 40 quesitos formulados [pela defesa], relego a decisão acerca da prisão domiciliar para momento posterior às elucidações", escreveu Macacari.
A defesa de Maluf, que está preso na Papuda, em Brasília, desde sexta-feira (22), pediu nesta quarta para os médicos legistas se manifestarem sobre o problema cardíaco que acomete o ex-prefeito de São Paulo e sobre questões de acessibilidade na Papuda.
Na terça (26), a Vara de Execuções Penais recebeu um laudo assinado por dois médicos legistas que afirmam que o deputado sofre de doenças graves e permanentes, como câncer de próstata e problema na coluna, mas não depende de cuidados contínuos que não possam ser prestados na Papuda.