DIREITOS HUMANOS

Dois seguranças acusados de tortura de jovem estão presos

Por Agência Brasil 08/09/2019 - 13:12
Atualização: 08/09/2019 - 13:18
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Reprodução
Jovem de 17 anos é torturado com chicotadas por seguranças de supermercado, em São Paulo
Jovem de 17 anos é torturado com chicotadas por seguranças de supermercado, em São Paulo

Estão presos os dois seguranças acusados de torturar um adolescente no supermercado Ricoy, na Vila Joaniza, zona sul paulistana. Ontem, 8, Valdir Bispo dos Santos se entregou na 2a Delegacia de Atendimento ao Turista no Aeroporto de Congonhas. O caso é investigado pelo 80° Distrito Policial.

O outro segurança, David de Oliveira Fernandes, havia sido preso na sexta-feira, 6. A prisão deles foi pedida pela Polícia Civil e autorizada pela juíza Tatiana Saes Ormeleze, do Fórum Criminal da Barra Funda, no dia 5.

O inquérito sobre o caso foi instaurado após as imagens em que o rapaz, de 17 anos, aparece sendo chicoteado circularem pelas redes sociais. No vídeo, o adolescente está nu e amordaçado enquanto apanha e é ameaçado pelos agentes de segurança do estabelecimento.

Ontem, 7, uma manifestação em frente ao Ricoy chamou atenção para a responsabilidade do supermercado pela tortura. As portas do local foram baixadas enquanto ocorria o ato. Uma faixa com os dizeres “Contra o genocídio” foi aberta em referência às mortes de pessoas negras.

Segundo a última edição do Atlas da Violência, estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 75,5% das vítimas de homicídio no país são negras.

A tortura é considerada crime hediondo e ocorre quando alguém é submetido, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental. A Lei 9.455, de 1997, prevê pena de 2 a 8 anos a quem cometer esse tipo de crime.

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