DIGITAL SPACE

Polícia Federal faz ação contra grupo que vazou dados de Bolsonaro

Por TecMundo 26/06/2020 - 14:54
Atualização: 26/06/2020 - 14:58
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TecMundo/Divugação Polícia Federal
O grupo 'Digital Space' é acusado de obter e divulgar, de forma ilícita
O grupo 'Digital Space' é acusado de obter e divulgar, de forma ilícita

Na manhã desta sexta-feira, 26, a Polícia Federal deflagrou a operação 'Capture the Flag' contra hackers suspeitos de invadirem sistemas de órgãos públicos. O grupo 'Digital Space' é acusado de obter e divulgar, de forma ilícita, dados de 200 mil militares das Forças Armadas em retaliação ao presidente Jair Bolsonaro.

Realizada no Rio Grande do Sul e no Ceará, a ação cumpriu mandados de busca e apreensão em Nova Bassano (RS), Porto Alegre (RS) e Fortaleza (CE). Segundo a PF, respectivamente, os mandados foram nas casas de suspeitos com 19 e 17 anos. Seus nomes não foram divulgados.

A PF ainda destaca a possibilidade de mais de um grupo estar envolvido. Teriam sido invadidos sistemas de universidades federais, prefeituras e câmaras de vereadores municipais no Rio de Janeiro, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul, além de outros órgãos públicos. No Rio Grande do Sul, mais de 90 instituições podem ter sido comprometidas.

Também existem indícios de outros crimes cibernéticos, como compras fraudulentas on-line e fraudes bancárias. A investigação apura se houve os crimes de invasão de dispositivo informático, corrupção de menores, estelionato e organização criminosa.

Posteriormente, o mesmo grupo divulgou dados de 4 mil militares da Polícia Militar e do Exército Brasileiro, incorporados no Rio de Janeiro.

O que foi divulgado?

O Digital Space divulgou, em maio, dados pessoais de milhares de integrantes das Forças Armadas, além de resultados de exames médicos do presidente. O grupo ainda divulgou uma parte das informações para provar a veracidade da invasão.

Foram encontrados dados como nomes completos, contas bancárias, títulos de eleitor, números de telefone, nome dos pais, nível de escolaridade, religião, números de RG, CNH, CPF e outros.

Na divulgação, o grupo ainda prometeu expor mais informações de funcionários públicos e militares, e disse que os dados vazados não chegam a 25% do que possuem em mãos.

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