LONGO PRAZO
Fiocruz avalia que Maceió tem alta probabilidade de crescimento da covid-19
Boletim mostra que tendência de aumento de casos inclui outras nove capitais
Avaliação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta Maceió com alta probabilidade - maior que 95% - de apresentar a longo prazo crescimento de casos de covid-19 e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), apesar do registro atual de queda no número de óbitos e notificações de novos casos das duas patologias.
No boletim epidemiológico divulgado ontem,30, pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Alagoas, o número de casos da Síndrome Gripal Grave (SRAG) com confirmação laboratorial para covid-19 foi de 6.495, dentre os quais 2.234 óbitos.
A avaliação da Fiocruz está no boletim InfoGripe, que é divulgado semanalmente. O atual boletim faz análise tendo por base a semana epidemiológica de 18 a 24 de outubro, assim como os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe até o último dia 27 deste mês.
Pela análise, dez capitais brasileiras apresentam sinal de crescimento moderado (probabilidade maior que 75%), ou forte (maior que 95%) de ocorrência. Os casos notificados e óbitos no país apresentam ocorrência muito alta, segundo o boletim.
Além de Maceió, Aracaju, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Macapá e Salvador há sinal forte de crescimento de covid-19 e SRAG no longo prazo, segundo a análise da Fiocruz. Nas capitais, Belém, São Luís e São Paulo, observa-se sinal moderado de crescimento do número de infectados para a tendência de longo prazo, acompanhado de sinal de estabilização na tendência de curto prazo.
As capitais, Belém, Florianópolis, Fortaleza, João Pessoa, Macapá, Salvador e São Luís já completam ao menos um mês com manutenção do sinal de crescimento na tendência de longo prazo em todas as semanas. O boletim também revela que a capital paulista apresenta sinal de crescimento de covid-19 e SRAG a longo prazo pela primeira vez desde o início do processo de queda, embora já venha dando sinais de possível interrupção dessa tendência. Porto Alegre apresentou sinal de estabilização tanto na tendência de curto quanto de longo prazo.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destacou a necessidade de cautela em relação às próximas semanas, especialmente em relação a eventuais avanços nas ações de flexibilização das medidas para diminuição do contágio.
Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, não confirmou sinal de estabilização na tendência de longo prazo, retornando ao sinal de queda nesse indicador. Segundo o coordenador do InfoGripe, embora a tendência de curto prazo tenha mantido sinal de estabilização, ainda é preciso cautela em relação a ações de flexibilização.
Macrorregiões
Em 12 das 27 unidades federativas o InfoGripe observa tendência de longo prazo com sinal de queda ou estabilização em todas as respectivas macrorregiões de saúde. Não é caso de Alagoas e nem do Amapá, Pará e Tocantins (Norte), Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, e Sergipe (Nordeste), Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Sudeste), Rio Grande do Sul e Santa Catarina (Sul), e Mato Grosso do Sul (Centro-Oeste). Nesses estados há ao menos uma macrorregião estadual com tendência de curto e/ou longo prazo com sinal moderado ou forte de crescimento.
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