CORONAVÍRUS
Alteração em grupo de prioridade exclui 245 mil alagoanos do acesso à vacina

O aumento do número de infecções pelo coronavírus e a crescente ocupação de leitos da rede pública com pacientes de covid-19 tem preocupado os alagoanos que, desde o início da pandemia, optaram por fazer o isolamento social e adotar outras medidas de proteção enquanto aguardam a vacina contra o vírus, que já levou a óbito mais 174 mil brasileiros. Ocorre que o plano divulgado pelo Ministério da Saúde (MS) esta semana não contempla todos os grupos de riscos que estavam previstos na lista de prioridade para receber o imunobiológico.
Relatório obtido pelo UOL, afirma o colunista, e que foi encaminhado pelo MS a representantes de 12 ministérios e órgãos da União no dia 20 de novembro incluía os dois grupos citados acima. No relatório número 1/2020, de 22 páginas, o ministério incluiu a planilha intitulada "Grupos prioritários de vacinação para Covid-19", divididos por unidade da Federação. Eram cinco blocos de "Prioridades" e incluía 75 milhões de brasileiros.
Na categoria 1 apareceram os brasileiros com 80 anos ou mais, afirma o colunista. Entretanto, a "Prioridade 4" era formada pelos brasileiros de 50 a 59 anos de idade. O bloco de "Prioridade 5" era formado por professores do ensino básico ao superior (2,3 milhões), "privados de liberdade" (507 mil), funcionários do sistema prisional (144 mil), membros de forças de segurança e salvamento (850 mil) e motoristas de transporte coletivo (678 mil).
A partir de terça-feira (1), pressionado por todos os lados, incluindo o Congresso Nacional, o Ministério da Saúde passou a divulgar detalhes sobre o plano de vacinação ainda preliminar. Nessas divulgações oficiais, os dois grupos sumiram da lista de prioridades, denuncia Rubens Valente.
O colunista procurou o Ministério da Saúde, que confirmou seu plano de fazer a vacinação prioritária em apenas "quatro fases". Na primeira etapa, segundo o órgão, "devem entrar trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena". Na segunda fase, diz o ministério, "entram pessoas de 60 a 74 anos".
A terceira etapa "prevê a imunização de pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença (como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, entre outras)". A quarta e última etapa "deve abranger professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade.