CRIME
Travesti surrada e esfaqueada morre no HGE no Dia do Orgulho LGBT
A travesti Carla, surrada e esfaqueada após sair de um bar no bairro do Clima Bom, no último domingo (25), morreu nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (28), no Hospital Geral do Estado em decorrência da gravidade dos ferimentos.
Vítima de quatro homens, os agressores utilizaram socos, golpes de arma branca, espancaram e esfaquearam “Carlinha”. Segundo informações, a vítima estava saindo de um bar, quando foi abordado pelos autores.
Com a gravidade dos ferimentos, a vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvle (Samu) e levada ao Hospital Geral do Estado (HGE), com os golpes e os ferimentos, teve que passar por cirurgias e ser entubada. Após os procedimentos, foi levada para a UTI, mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito nesta quarta-feira (28)
Os agressores evadiram o local sem deixar pista, mas, próximo da garagem de viação, câmeras de monitoramento podem ter gravado a ação dos bandidos. As gravações podem ajudar a polícia nas investigações do caso.
Até o momento ninguém sabe confirmar a motivação para o crime. A suspeita é que a causa tenha sido homofóbica ou intolerância por parte dos agressores.
Ironicamente, neste dia 28 é comemorado o Dia do Orgulho LGBT, sigla que compreende as identidades individual, social e cultural de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros. A data é inspirada na reação, há 48 anos, de gays e lésbicas que eram perseguidos e violentados em um bar em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
De lá para cá, inúmeras políticas de defesa dos direitos LGBTs foram implantadas, mas a intolerância segue fazendo vítimas em todo mundo. Em Alagoas, os números se repetem, tornando o estado campeão na violência contra homossexuais de uma maneira geral.
O Conselho Municipal dos Direitos De Cidadania LGBT registrou queixa pela morte da travesti, que nasceu José Carlos Viana, e sequer conseguiu legitimar seu nome social. O corpo da Carla foi encaminhado ao IML e submetido à necropsia para posteriormente ser liberado para sepultamento. Essa seria a 19ª morte LGBT apenas em 2017 segundo dados do Conselho.
O crime, que se soma às estatísticas oficiais, será investigado pela Delegacia de Homicídios.