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Pacientes têm membros reconstruídos no HGE

Por Agência Alagoas 31/12/2017 - 07:33

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Foto: Ascom HGE
Foto: Ascom HGE

José Leite dos Santos (30) sofreu um acidente no trabalho que, praticamente, destruiu seu braço esquerdo. T. B. S. (15 anos) viveu 14 anos de sua vida com uma deformidade nos dedos. Essas,  entre tantas outras, são duas histórias que encontraram no Hospital Geral do Estado (HGE) os recursos necessários para o restabelecimento de suas vidas cheias de planos e sonhos.

Referência em Alagoas nos procedimentos cirúrgicos de urgência e emergência, o HGE recebe casos graves de acidentes de trânsito com fraturas, como o de José Leite, e vítimas de violência urbana com armas de fogo e branca (facas), que muitas vezes necessitam de procedimentos ortopédicos. Mas também recebe aqueles casos mais raros como o de T. B.S., que nasceu com os dedos anelar e mindinho grudados.

Esses pacientes recebem a assistência de uma equipe especializada em cirurgia de mão, a área médica mais rara no Brasil. Existem apenas 600 profissionais em todo o país, dois deles fazendo parte da equipe do HGE, excelência de atendimento de alta complexidade prestado pelo maior hospital público de Alagoas.

De acordo com o médico Nicéias Gusmão, a cirurgia de mão é uma especialidade médica independente que se ocupa da prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação de enfermidades que acometem as mãos.

O HGE recebe vítimas de doenças traumáticas que envolvem fraturas, mutilações, amputações, esmagamentos, lesões em tendões, nervos, vasos sanguíneos e tecidos moles, como a pele. Em consultórios e ambulatórios, são atendidos pacientes com as doenças não traumáticas, como as tendinites, bursites e neuropatias compressivas.

Vítimas de acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e violência por arma branca estão entre os casos mais atendidos pela equipe especializada. Dados da unidade de Traumato-Ortopedia mostram que são realizadas, aproximadamente, 75 cirurgias eletivas, exclusivamente, de membros superiores por mês, através do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Recebemos vitimas de acidentes de toda espécie que requerem um atendimento de emergência e procedimentos cirúrgicos específicos. São vítimas de acidentes domésticos, de trânsito ou no ambiente profissional. Vítimas de agressão por arma branca ou de fogo; vítimas de explosão de bombas, esmagamentos e sequelados de queimaduras em mãos. Os pacientes com sequelas de fraturas antigas e que apresentam deformidades dolorosas em membros superiores, vêm aumentando em virtude de tratamento especializado na fase aguda do trauma, principalmente, nas cidades do interior”, contou o especialista em mãos Nicéias Gusmão.

No HGE, de acordo com o médico, pacientes que necessitam de cuidados dos especialistas em membros superiores (braços e mãos) recebem o primeiro atendimento na Área Vermelha, onde são avaliados por médicos emergencistas, traumatologistas e cirurgiões gerais que fazem o diagnóstico e indicam o tratamento mais adequado.

Segundo Nicéias Gusmão, os cirurgiões de mão do HGE são aptos a realizar cirurgias de nervos periféricos, lesões tendineas, fraturas complexas e lesões extensas de partes moles situadas no membro superior. “Eventualmente, realizamos casos de deformidades congênitas quando nos procuram, como foi o caso de T.B.S.”, disse o especialista.

“O paciente pode seguir dois caminhos, ou recebe alta e é encaminhado a posteriori para nossa avaliação ou fica internado e é solicitada a conduta, que em sua maioria, é cirúrgica. O paciente com trauma de alta complexidade adentra no HGE e sai com a cirurgia já feita e o pós-operatório, em grande parte, é feito por nós. Assim, o alagoano recebe 80% do tratamento necessário somente no HGE”, assegurou o médico.


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