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Greve dos caminhoneiros expôs fragilidade do governo
Fazia muito tempo que o governo federal não passava situação tão humilhante como agora na greve dos caminhoneiros. Bateu cabeça com cabeça, prometeu mundos e fundos para a categoria, mas até o início da semana pouca coisa havia avançado.
O que mais irritou os que participam dessa luta pela aquisição a preços justos, principalmente do óleo diesel, foi a falta de ações concretas e efetivas.
Enquanto o governo prometia, os preços nas bombas aumentavam em vez de diminuir. Uma aberração, afirmavam também proprietários de postos de combustíveis até em Maceió, que se surpreendiam a cada carregamento nos postos.
O governo federal enfraqueceu, capitulou ante a paralisação maciça dos caminhoneiros e praticamente não chegou a lugar nenhum. É preciso lembrar que em 1972 idêntica manifestação aconteceu no Chile, culminando com a derrubada do governo.
Os manifestantes fizeram paralisações pacíficas, mas não arredaram o pé de suas reinvindicações, com uma política de preços desastrada aplicada pela Petrobras.
Enquanto os cofres da estatal se abarrotam de dólares, o consumidor paga a conta. A greve foi uma demonstração do que futuramente pode acontecer. E os governantes estão pagando pra ver.
* A opinião do colunista não representa necessariamente a posição editorial do EXTRA ALAGOAS. Leia mais no jornal nas bancas!